Margarida Ferreira Gomes tem 59 anos e é professora de matemática na Escola Secundária de Penafiel. A adaptação a uma nova rotina, onde o trabalho profissional é realizado a partir de casa, é um dos grandes desafios vividos nesta altura, considera a professora.

Apesar de não ser a favor das novas tecnologias, Margarida viu-se obrigada a lecionar as suas aulas por videoconferência e contrariamente ao que esperava, crê que o resultado foi positivo “Para mim que não gosto das tecnologias, foi um trabalho bastante penoso, mas que teve que ser feito e que teve um resultado positivo, uma vez que neste momento estou a dar aulas com os alunos de uma forma agradável e proveitosa para eles.” 

O cuidado e o medo levaram a que a professora só saísse de casa para o necessário e para fazer as compras indispensáveis.

Quanto às mudanças que a situação atual poderá trazer no futuro, Margarida Gomes não acredita que a nível social haja uma mudança significativa, reconhecendo que as pessoas sentem falta do convívio social. Para a professora, a pandemia serviu também para nos relembrar que “temos de dar mais valor ao dia-à-dia, à saúde e perceber que algumas coisas que até aqui eram insignificantes para nós, nunca mais o serão.”

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