A enfermeira e uma guerra inacabada

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A enfermeira e uma guerra inacabada

Filipa Alves tem 35 anos, reside na freguesia de Penamaior em Paços de Ferreira e é enfermeira e coordenadora técnica de duas Unidades de Cuidados Continuados e da Estrutura Residencial para Idosos da Ordem da Trindade.

Com uma profissão de risco, Filipa viu a sua vida mudar. Com o aumento do trabalho, reforçou as horas de trabalho e o esforço do dia a dia. O grande objetivo da Ordem da Trindade é proteger os doentes internados e sensibilizar os profissionais, pois durante meses o único risco de contágio era dos profissionais que podiam levar para a instituição. Apesar da Ordem da Trindade não ter apresentado doentes com COVID-19, os doentes são tratados como doentes positivos, não diminuindo em nada a preocupação.

Com dois filhos pequenos a preocupação à chegada a casa também aumentou, pois para Filipa não seria justo para os filhos e para o marido que estão em confinamento.

“Olham para mim como se eu tivesse uma capa, como se eu fosse uma heroína mesmo não estando na linha da frente no combate ao COVID-19”. – diz a enfermeira

Com esta situação Filipa Alves tentou transmitir, ainda mais, a ideia da valorização do tempo de qualidade, em que cada segundo, cada brincadeira, cada momento vale a pena.  

Para a enfermeira, apesar de logo do início a Ministra da Saúde e a Diretora Geral da Saúde terem começado a mostrar sinais de cansaço e incongruência na informação passada, a verdade é que esta acha que Portugal está a fazer um bom trabalho, mas a implantação do uso de máscara devia ter sido mais precoce.

Para Filipa Alves ainda não podemos baixar os braços ao COVID-19, temos que continuar no combate.

“Isto é apenas uma batalha, a guerra ainda não terminou e está bem longe disso”. – afirma Filipa Alves 

Ouvir testemunho completo aqui.