A NATUREZA EM SUSPENSO
- Gabi Araujo
- 15/06/2020
- Jornalismo de Investigação
UM VÍRUS MAIS INVISÍVEL DO QUE A COVID-19
O mundo parou, e a consciência ambiental, terá estagnado no tempo?
Gabi Oliveira de Araújo
O novo vírus SARS-CoV-2 chegou a Portugal a 3 de março de 2020. Com ele, a obrigatoriedade de permanecer em casa. O mundo parou, e o meio ambiente respirou pelas frinchas da pausa da humanidade. Terá sido susto suficiente?
Pelas vozes ouvidas sobre o assunto, resta a ideia de que a falta de consciência é o maior vírus presente no mundo.
Ruas desertas, silenciosas, vazias e arrefecidas de calor humano. Lojas fechadas, cafés, restaurantes, drogarias, de gradeamento cerrado durante o horário normal de funcionamento. Um mundo parado e em suspenso, um dia que se transforma num vazio noturno, numa quietude enfadonha, numa serenidade indesejada. É este o cenário pintado por todo o planeta afetado pelo vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus que abalroou a casa de toda a humanidade.
O planeta está em descanso, o fluxo do trânsito diminuiu abruptamente. Os aviões pousaram por terra sem data de regresso aos ares. Os barcos atracaram nos portos, e por lá ficaram imóveis. Os teatros, os concertos, os festivais, os espetáculos foram cancelados. As grandes indústrias pausaram a produção. E até onde é que isso nos leva? Estará o planeta em descanso e recuperação? Ou estarão falsas verdades a ser levantas sob a esperança de uma melhoria ambiental?
Edgar Morin, um dos maiores pesquisadores do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), que comemorará este ano 100 primaveras, partilha a sua visão sobre um mundo após a COVID-19, numa conferência apresentada pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS-UnB), e a Rede de Estudos Ambientais em Países de Língua Portuguesa (REALP), na semana do ambiente, conferência essa cujo o nome é “Veredas do futuro: o mundo pós COVID-19”.
Na sua reflexão, Morin reforça afincadamente que a solidariedade é o ponto chave para o combate aos problemas ambientais. As crises não são apenas económicas, políticas ou sociais, são também elas humanas, afirma. O problema da COVID-19 e de várias outras crises bem mais silenciosas, como por exemplo a degradação ambiental planetária, são problemas gerais da vida humana e que deveriam afetar a todos e a cada um, individualmente.
“Uma crise dá-nos a possibilidade de um progresso ou de uma regressão”, afirma Morin, e a diferença entre um caminho ou outro, passa pela imaginação do ser humano em encontrar soluções para resolver essa mesma perturbação. A verdade é que, segundo Morin, sem um cruzamento de boas vontades de todos, quer dos homens, quer das mulheres, dos mais novos e dos mais velhos, o percurso seguirá para o pico do penhasco, desencadeando o desastre final.
O pesquisador reforça que um dos piores males da humanidade é a transformação. Acredita que é algo positivo, porém, os caminhos que estão a ser traçados devido a ideias extremamente futuristas, se encontram descontrolados. A proposta é “transformar a transformação”, clarifica Morin, visto que, “o progresso científico e o progresso técnico não significam um progresso humano. Pelo contrário, representam uma regressão intelectual”, acrescenta.
Isabel dos Santos, docente na Universidade Lusófona de Lisboa na licenciatura de Engenharia do Ambiente, vai de encontro à perspetiva apresentada por Morin. Para si, a sociedade de consumo e a aceleração do mundo desabituou a população a ponderar sobre os assuntos. “Estamos muito habituados ao consumismo, ao depressa, à velocidade e falta-nos muito tempo para refletir, falta-nos o hábito de refletir”, declara.
Isabel admite ter esperança de que os meses de confinamento surtam efeito nas mentalidades das populações, e que esses mesmo efeitos se reflitam também na forma como estas observam o mundo em seu redor. Preocupada com a saúde do nosso planeta e com o bem-estar do ecossistema, explicita que “gostaria que esta reclusão a que fomos obrigados nos possa ter dado alguma interioridade, alguma humildade para pensarmos se o que estamos a fazer é certo ou errado e construir um mundo melhor.”
A construção de um mundo melhor, de um mundo de todos e para todos, é uma tarefa sem receita programada. Pelas palavras de Morin “devemos sempre esperar um mundo melhor, mas nunca o melhor dos dois mundos.”
A estrutura do sistema económico e financeiro são fatores cruciais na pesagem das alterações na organização e mentalidade um país, e tal como profere Isabel, “esquecemo-nos que o mundo não é só económico nem só financeiro. Este mundo é um equilíbrio de muitos outros mundos: mundos naturais, mundos sociais, e temos o hábito de colocar isto em caixinhas separadas, mas não existem caixinhas, isto é um todo”, esclarece.
Para a investigadora, “o sistema económico está feito para produzir, consumir e descartar”, assume que é natural que se fale da economia, dado o facto de que nascemos englobados nesse sistema. Contudo, alerta que sem matérias primas o aparelho económico estagna. O maior inimigo do ambiente, são os vícios entranhados nos costumes sociais, que impedem a revolução do comportamento.
Acontece que, se a partilha de informação sobre as problemáticas ambientais já era tarefa difícil antes, com a chegada do novo coronavírus tornou-se numa prioridade reduzida. No entanto, os dados poderão ser, em parte animadores. A verdade é que com a paragem momentânea do mundo, várias foram as recuperações instantâneas passíveis de destacar, como por exemplo a melhoria significativa da qualidade do ar, ou o aparecimento de espécies marinhas em diversos canais pelo mundo. Segundo a Carbon Brief, nas primeiras duas semanas de isolamento nacional, foi relevada uma redução de 25% de toneladas de dióxido de carbono (CO2) emitido.
Conforme a Statista, com dados lançados em abril de 2020, foram evitadas cerca de 609 mortes devido à pandemia, visto que se sucedeu uma redução abrupta de dióxido de nitrogénio e emissões de material particulado em todo o mundo.
No entanto, terão os comportamentos dos portugueses ajudado na recuperação ambiental?
De acordo um inquérito realizado entre o dia 5 de maio e 19 de maio, a uma amostragem de 45 pessoas, foi possível depreender algumas particularidades sobre os hábitos dos participantes no decorrer do confinamento. Entre as respostas obtidas, verificou-se, em primeiro lugar, que dos 45 inquiridos, 88,9% permaneceu em casa a cumprir o isolamento. Apenas 5 participantes não tiveram a oportunidade de ficar em quarentena.
Dos 40 intervenientes que tiveram alternativa de se manterem em casa, as datas de isolamento social variam entre os 15 dias e 2 meses e meio sem sair da habitação.
Com o intuito de depreender se os hábitos de consumo dos participantes aumentou durante esse período de reclusão social, questionou-se se estes consideram que adquiriram mais produtos durante o isolamento, à qual 34 pessoas consideraram que sim, tal como se verifica no gráfico abaixo.
@Gabi Araújo – 34 pessoas afirmam considerar a existência de um aumento de consumo. Apenas 11 pessoas afirmam não considerar a existência desse aumento.
Seguidamente, às 34 pessoas que responderam que denotaram um aumento dos consumos, foi solicitado para classificarem numa escala de 1 a 5 esse mesmo aumento. Apenas 2,9% assumem o aumento na escala 1. Das restantes, 38,2% consideram um aumento no nível 3 e 29,4% no nível 4. As escalas de aumento 2 e 5 foram as menos selecionadas. Dados que confirmam a suspeita de que o isolamento social veio contribuir para uma maior aquisição de produtos e consequentemente, uma maior presença de embalagens e pacotes potencialmente mal encaminhados no final de vida.
Com o intuito de avaliar a presença de plásticos nas compras dos participantes do inquérito, foi questionado se consideram que as suas compras contém materiais nocivos para o meio ambiente. Pergunta à qual a reposta se pode observar no presente gráfico.
Apenas 5 pessoas consideram que estas não contém um excesso de materiais com exageros de plásticos e derivados. Já 40 dos participantes, acreditam que este componente se encontra presente nos produtos de adquirem.
Ana Bárbara estudante do 2º ano da licenciatura de Ciências e Tecnologia do Ambiente da Faculdade de Ciências do Porto, apresenta a sua visão sobre a utilização do plástico no dia-a-dia. Sem fundamentalismos, Ana assume uma posição de equilíbrio. Questiona o uso de um material que nomeia como “incrível”, a ser usado para fins momentâneos e descartáveis.
Segundo dados publicados pela National Geographic, entre 2016 e 2017, a produção de embalagens compostas por plásticos e derivados aumentou cerca de 5,6%. Dados desanimadores que comprovam o uso excessivo deste tipo de componentes. Para além disso, segundo o relatório do estado do ambiente, efetuado no ano de 2017, cada cidadão português produz, em média, 1,3kg de resíduos por dia. Tendo em conta que Portugal possui, aproximadamente, dez milhões de habitantes, são fabricadas cerca de treze mil e trezentas toneladas de resíduos diariamente.
Mais problemática do que esta quantidade colossal de resíduos, é o facto de que, cerca de 83,5% destes desperdícios, segundo o relatório do ambiente, correspondem a recolha indiferenciada, o que significa que o seu destino final são aterros e incineradoras.
António Gomes, de 53 anos, é motorista de pesados na recolha de resíduos sólidos. Conta os maiores problemas que verifica relativamente à falta de consciência por parte dos cidadãos na hora do descarte de resíduos. “As pessoas querem é desmarcar-se das coisas, e não olham a meios. Não há respeito por nada nem por ninguém. Toda a gente sabe que o planeta está doente, mas ninguém faz nada por isso”, afirma o entrevistado com desânimo na voz.
Para António a esperança reside nas novas gerações. Acredita que as pessoas cometem atos deploráveis como por exemplo, entrarem dentro do carro e atirarem a máscara pela janela fora, como assume já ter presenciado, não pela falta de informação, mas sim pela falta de consciencialização ambiental, cívica e social.
José Marques, 75 anos, presidente da direção da Associação Campo Aberto, partilha da perspetiva de António Gomes. Pela sua experiência, acredita que muitos dos costumes praticados pelos portugueses derivam dos vários anos de repressão a que o país foi sujeito. Mas alerta que, “há definitivamente um passa culpas generalizado e que com essa mentalidade por parte da população e por parte dos governos e autoridades locais, não se poderá caminhar num bom sentido.”
O presidente da associação acredita que muita da informação que foi transmitida sobre a pandemia foi insegura, quer a nível as orientações dadas, bem como os procedimentos corretos a adotar e considera que outro tipo de esclarecimentos pertinentes, como por exemplo questões relacionadas com o meio ambiente, foram deixadas de parte.
Para José “as alterações climáticas, o aquecimento global, a poluição e a degradação das condições do ambiente, ao contrário do que muitas vezes se diz, é realmente devido à forma como o aparelho económico moderno funciona”, no entanto, reforça que a culpa não é diretamente da economia. Pelas suas palavras, a economia é fundamental e necessária a todas as sociedades, e não é por ser economia que é a responsável deste males, é pela forma como funciona e pela forma como é aplicada.
Não crê que seja falta de informação e falta de consciência da população aquando estes efetivam comportamentos negligentes.
Consequências essas que, possivelmente, quem comete os atos condenáveis, nunca irá presenciar. E para além desta incapacidade considerada por José, este complementa ainda que “falta também coragem para conseguir esses resultados. É necessária não só informação, como também coerência por parte do próprio estado e das próprias autarquias de fazerem as coisas bem feitas. Esta fase ainda está longe, ainda não chegamos lá na maior parte dos casos.”
Joana Lage, 31 anos, professora na Faculdade de Engenharia da ULHT e investigadora num centro de investigação do Instituto Superior Técnico, acredita que sensibilizar e captar a população é uma tarefa muito complexa. “Se desejamos que as pessoas mudem os seus comportamentos ou que tomem determinadas ações no futuro, é importante transmitir-lhes os conhecimentos chave para que compreendam os impactos das suas ações”, alega. No seu ponto de vista, considera que é possível que exista pouca informação sobre como agir melhor em prol da proteção do ambiente.
Para a investigadora o período de confinamento serviu, principalmente, para ver o real impacto que sociedade e a sua atividade produzem no nosso ecossistema. “Cabe a cada um de nós consciencializarmo-nos de que as nossas ações afetam tanto as gerações presentes, como as futuras, sendo imprescindível que todos tenham um papel contributivo nesta luta”, realça.
Na sua reflexão, Joana frisa que conhecer o problema é essencial para uma tomada de atitude. Manter a informação viva e clara, bem como saber aquilo que está a ser feito, é um passo essencial para proceder ao desenvolvimento de políticas positivas para a diminuição da degradação ambiental. No entanto, o problema desta consciencialização e desta tomada de posse sobre um inimigo invisível é precisamente que “os impactos surgem a longo prazo, e as pessoas não conseguem ver uma consequência imediata decorrente do seu estilo de vida, comprometendo a tomada de ações pela sociedade e governantes com vista a respostas imediatas.“
Lígia Abreu, de 43 anos, professora da Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade Lusófona do Porto, considera que o reforço da educação ambiental é fundamental no combate às más práticas existentes. Afirma que existe legislação suficiente para proteger o meio ambiente, no entanto “ao nível da ação política e das prioridades políticas tem existido algum descuido em relação à conservação da biodiversidade, à exploração sustentável das florestas e à conservação e exploração sustentável dos recursos marinhos.”, testemunha.
Na sua opinião, gostaria de acreditar que com a passagem da pandemia, surgirá uma consciência coletiva e governativa no que concerne à mudança de hábitos ambientais, no entanto, questiona a eficácia dessa consciência. “Consciência da importância do ambiente e da importância do combate às alterações climáticas sim. Mas será essa consciência acompanhada pelas ações adequadas para que seja implementada de vez uma economia sustentável?” Questiona Lígia. Ao que responde posteriormente, “para que isso aconteça é necessário realizar uma transformação radical em vários setores da economia em vários países do mundo e não só em Portugal ou na Europa.”
Isabel Santos corrobora com a perspetiva apresentada por Lígia. Assume que a transformação das mentalidades é necessária e urgente e que a incisão da educação tem de se verificar simultaneamente em todas as camadas da população, porque já não há tempo para esperar que essas pessoas cresçam. “Quanto mais instruída é uma população, mais fácil é ela aperceber-se, até por vontade própria, de que as suas ações são corretas ou incorretas e que podem ser positivas ou negativas”, explicita.
Miguel Ribeiro, de 23 anos, estudante de mestrado integrado em Engenharia do Ambiente, salienta que toda a produção tem o seu peso no meio ambiente. Com uma visão mais positiva do que a de Isabel, o jovem estudante acredita que “as pessoas irão associar esta pandemia ao ambiente, no sentido em que irão ter mais cuidados com o uso e tratamentos dos resíduos.” No entanto, relembra que seria irracional pensar que todas as pessoas irão adotar as medidas propostas e os conselhos oferecidos.
No que concerne às políticas governamentais e às ações tomadas, Isabel considera que “o ambiente não é uma prioridade”, no entanto, louva a comunicação lançada sobre a pandemia, visto que, apesar das opiniões poderem ser contraditórias entre o governo e a oposição, a voz que transpassou foi universal e concordante. Contudo, teme que este susto não tenha sido suficiente para se alcançar o nível de humildade necessária que permita um pensamento mais inclusivo entre o Homem e a natureza. “Eu acredito que esta geração vai ficar marcada, os que viveram isto vão-se lembrar enquanto tiverem memória, mas mais pela sua sobrevivência e não tanto pela consciência ambiental”, declara Isabel.
A chegada a um ponto comum e de compromisso entre todos é um caminho ainda longo a percorrer, e Isabel alerta para uma problemática que condiciona a transmissão da mensagem. “Precisamos urgentemente de ter uma linguagem única, diversificada, mas simples e apelativa, cheia de imagens.”
Considera que o fluxo do informação se interrompe a partir do momento em que os termos técnicos não são simplificados para o cidadão comum. E é difícil simplificar. Na sua visão, seria importante a presença de cientistas e investigadores na assembleia da república, para alertarem os responsáveis e a população para os problemas invisíveis que vêm a aumentar e a destruir a fauna e a flora do planeta.
A estudante Ana Bárbara reflete também sobre o problema na transmissão da informação ao cidadão comum. Na sua perspetiva, “a maneira como os serviços de saúde estão a passar a mensagem não está a ser correta. Nós não somos todos da área da ciência, nem toda a gente percebe os termos, e a mensagem devia ser simples e clara, e não está a ser.”
Isabel desperta ainda para uma outra questão fulcral relacionada com o descarte dos resíduos, “o resíduo é algo que tem valor e que nós estamos a descartar para o nosso conforto psicológico. Estamos a enterrá-lo num aterro, ou estamos a queimá-lo, apenas transformando matéria sólida em algo que vai para o ar e não desaparece.”
Na opinião da docente, é uma questão de reflexão entre aquilo que se retira da natureza, e aquilo que lá se recoloca. Acredita que tudo tem retorno, e que as atitudes tomadas apenas por conforto psicológico, irão repercutir efeitos num futuro próximo.
Caracteriza o povo português como cuidado e asseado. Reconhece a sapiência da população em inúmeras atitudes desempenhadas por esta, todavia, desconfia que a principal resistência que empata a evolução das melhorias ambientais é “a falta de considerar a rua a nossa casa”, explicita. “Nós nas nossas casas somos culturalmente extremamente limpos, e na rua não somos porque não consideramos a nossa casa, e é.”
Para Isabel, mais importante do que instituir medidas, seria dar a oportunidade às pessoas de saber aquilo que elas fariam na resolução do problema. “Eu gostava de construir a solução com as pessoas, numa relação de compromisso.”
Para o estudante Miguel, muito mais do que as consequências da pandemia, serão as do retorno do dia-a-dia. Explicita, “quando voltarmos a ver as fábricas a voltar à produção, iremos sim ver um aumento substancial da pegada de carbono no meio ambiente. A indústria não para, a pandemia é temporária.”
Para Ana Bárbara, a primeira impressão dos impactos positivos refletidos no ambiente pela chegada da COVI-19 foi animadora. Automaticamente ficou radiante com as respostas esperançosas do planeta à pausa momentânea das indústrias, dos automóveis, dos barcos e aviões, da vida em geral.
A estudante Ana Nunes, deixa conselhos fundamentais que poderão contribuir na melhoria do ecossistema. Tal como Ana Bárbara, desconfia da preparação da população para uma mudança radical dos hábitos e costumes, no entanto, faz questão de mencionar alguns pontos fundamentais a ter em conta. Aconselha para que se usem máscaras laváveis, de forma a evitar um descarte constante de máscaras cirúrgicas.
Alerta para a importância da separação do lixo, sempre que possível. Destaca ainda a dispensabilidade de se fazerem compras desnecessárias, que, consequentemente, irão produzir mais embalagens e mais resíduos. A compra de produtos ecológicos é também uma das recomendações da jovem, para além de um consumo regrado da eletricidade e da água.
“Não deixem que a ignorância venha a prejudicar o planeta. Se têm dúvidas em relação a algo, vão informar-se primeiro”, manifesta Ana Nunes.
Lígia Abreu reforça, “a nossa sociedade é alimentada por imagens que apelam ao consumo, de viagens, de veículos motorizados, experiências gastronómicas, etc… É uma sociedade de prazer. A concretização insustentável do prazer, neste contexto, é também nefasta para o ambiente.”