As inquietações de uma estudante em tempos de pandemia

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As inquietações de uma estudante em tempos de pandemia

No âmbito da rubrica “O Ano em que o mundo parou”, falamos com a estudante de vinte anos, natural de Gondomar, atualmente a frequentar o mestrado integrado em Psicologia, Joana Ribeiro.

A jovem refere que têm sido tempos muito difíceis, contando que se encontra de quarentena desde o dia 12 de Março. A entrevistada explica que, no entanto, continua a ter a aulas à distância, ou seja, online, confidenciando que mesmo assim tem mais trabalho do que quando a mesma se encontrava fisicamente a assistir às aulas.

A gondomarense descreve que devido a este isolamento forçado por conta da pandemia, não pode contactar nem com os avós, nem com o namorado, algo que a faz pensar e ter saudades de todas estas pessoas marcantes no seu percurso de vida.

Joana confessa que, para além da sua atividade principal (ser estudante), ainda se dedica normalmente a outras atividades tais como: ser catequista e fazer voluntariado. Referindo que o facto de não as poder realizar lhe provoca bastante ansiedade. Seguidamente declara que devido a este conjunto enorme de atividades que se encontram suspensas e a restrição de não estar fisicamente com os seus avôs e também com o seu mais que tudo têm contribuído para dias menos positivos. A jovem chega mesmo a denotar alguma emoção com a abordagem desta temática, dizendo ainda que chora constantemente, e pensa em várias iniciativas que quer levar a cabo quando esta pandemia tiver o seu fim.

A futura psicóloga pretende que este clima que se vive de solidariedade e união para com o outro entre os diferentes países continue desejando que esta situação de exceção faça com que a população mundial reveja os seus valores. Que esta entre ajuda não seja ocasional, mas que se mantenha para todo o sempre.

Joana deixa como mensagem a ideia de que as pessoas se devem tentar abstrair o mais possível, socorrendo-se das redes sociais para manterem o contacto à distância, e aplicando a mesma receita para o contacto com os/as namorados/as.

Quando questionada sobre qual a primeira coisa que vai fazer quando todo este cenário de isolamento passar, Joana não hesita, disparando de imediato, “a primeira coisa que farei será dar um grande abraço ao meu namorado, e outro aos meus avôs”, enunciando  posteriormente que é uma questão que lhe está a custar particularmente, uma vez que se descreve como alguém extremamente afetuosa, e que a falta do abraço lhe provoca muita angústia.

Ouça o testemunho completo aqui.