Acessos na freguesia de Avintes condicionam o trabalho dos Bombeiros Voluntários. Estradas estreitas, inclinadas e estacionamentos abusivos são as principais condicionantes apontadas pelo comandante adjunto do quartel.

Arruamentos instáveis constituem um fator condicionante ao trabalho dos Bombeiros: “A topografia da nossa freguesia, em alguns sítios, tem ruas inclinadas que dificultam a rapidez do socorro, mas nada impossível”, afirma o comandante adjunto dos voluntários. Luís Miguel explica que em situações mais difíceis podem recorrer a veículos com tração às quatro rodas.

“Na principal rua da Freguesia, Rua 5 de Outubro, o estacionamento abusivo é mais frequente…” refere, explicando ser naquela artéria que se encontram as principais fontes de comércio.

No entanto, as ruas estreitas também se mostram um desafio, visto que “todas as zonas envelhecidas da freguesia têm este tipo de ruas” e que nesses casos – afirma- “usam um veículo mais pequeno tipo carros citadinos”.

Apesar das dificuldades, Luís Miguel reforça que nunca deixaram uma vítima por socorrer: “Em alguns casos temos de fazer o socorro a pé porque nenhum destes veículos consegue passar.”

O presidente da junta de freguesia esclarece que já houve melhoramento de alguns acessos: “Foram reabilitados cerca de 40 arruamentos com piso em asfalto, num investimento superior a 350 mil euros.”

Cipriano Castro destaca que os grandes investimentos na rede viária só são possíveis se forem suportados financeiramente pela Câmara Municipal . “Temos vindo a solicitar à Câmara de Gaia a reabilitação dos arruamentos em cubos”, esclarece.

Apesar disso, o comandante adjunto mantém-se positivo: “Temos de nos adaptar diariamente ao desafio que o socorro nos impõe”.

Moradores descontentes com os arruamentos

Os habitantes consideram que o problema reside no facto de se tratar de uma vila antiga. Caminhos pedonais substituem em muitos casos os arruamentos mais largos destinados ao trânsito de automóveis.

Sara Amaral demonstra-se descontente e declara que os melhoramentos são feitos só na rua principal e nas zonas ribeirinhas “onde se concentra o turismo”.