[Por Ana Catarina Gomes e Ana Jorge]

Carolina Guedes irá debater sobre a temática do entretenimento e do papel dos novos “influencers”. Mais conhecida como @saidafrenteguedes, os vídeos que publica causam furor nas redes sociais. Atualmente, conta com mais de 260 mil seguidores na rede social TikTok, e 20 mil no Instagram.

Carolina é uma das convidadas da VII edição da conferência anual Jornalismo Frankenstein, que irá decorrer na Universidade Lusófona do Porto, no dia 26 de abril de 2022 de manhã (10:00-13:30) e de tarde (15:00-18:30). 

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1- O que é para si entretenimento? E o que é para si jornalismo? Há ou deverá haver uma diferença clara na sua perspetiva?

Entretenimento é qualquer ação ou conteúdo que diverte e distrai a audiência – por exemplo, reality shows,  não procura a informação. Jornalismo é a apresentação da informação recolhida, analisada e tratada em forma de notícia. Isto demonstra uma clara diferença entre os dois. Na minha opinião, o entretenimento não demonstra a verdade e o jornalismo deve relatar a veracidade dos factos.

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2 – Na sua opinião, em que medida existem más práticas jornalísticas que afastam as pessoas da informação e as aproximam do entretenimento?

Na minha opinião, é ainda muito clara a influência política no jornalismo, vendo-se jornalismo tendencioso, que acaba por levar a uma alteração ou omissão dos factos na sua totalidade ou em parte. Também vemos, agora mais que nunca, que o jornalismo se encontra condicionado em situações como a guerra da Rússia contra a Ucrânia. O jornalismo, na Rússia, retrata uma guerra totalmente diferente da realidade. O jornalismo é usado pelo governo como propaganda de guerra e não apresenta a realidade e os factos.

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3- Na sua perspetiva, o facto do jornalismo, por vezes, se “misturar” com o entretenimento não acaba por tirar alguma credibilidade ao verdadeiro ato de jornalismo?

Acredito que o jornalismo juntar-se ao entretenimento não é algo propriamente negativo. Atualmente, vivemos numa sociedade em que os jovens perderam interesse pelo jornalismo e acredito que, juntando-o ao entretenimento, poderá ser uma boa forma de informar a sociedade, que está mais conectada com o entretenimento. A credibilidade do jornalismo permanece intacta se os factos permanecerem verdadeiros e comprovados.