Covid-19 pode provocar efeitos para a vida, mesmo em atletas de alto rendimento
Mesmo em atletas de alto rendimento, como Duarte Domingues, a covid-19 pode provocar efeitos para a vida e sequelas graves. Segundo Dr. Diogo Santos e Dr. Nélson Puga,§ os problemas mais comuns são a astenia, a síndrome de fadiga crónica e a miocardite. Esta última, por sua vez, é a mais grave e Dr. Hélder Dores explica o porquê.
Covid-19: A infeção de Duarte Domingues.
[Texto de Diogo Araújo, Francisco Moreira e João Pinto] Duarte Domingues tem 20 anos, e é um dos guarda-redes do Sporting Clube de Pombal. O atleta descobriu que estava infetado com o vírus da Covid-19 quando começou a ter alguns sintomas. Ao início pensou tratar-se de uma simples constipação, mas descobriu que poderia ser covid-19, quando soube que a tia tinha testado positivo para o vírus. O jogador foi fazer o teste “e deu positivo”.
Os sintomas “eram no intermédio”, ou seja, existiram mas não foram muito fortes. Duarte queixava-se de tosse, alguma febre e da perda de olfato e paladar. Destes dois últimos sintomas ainda não está cem por cento recuperado.
Durante o período de quarentena, o atleta ficou sozinho e não foi acompanhado por nenhum médico do clube: “De vez em quando recebia uma chamada da médica de família para ver como estava”. O treinador do clube tentava de saber como se encontrava: “tentava saber se eu estava a melhorar, se tinha sintomas mas não foi nada muito rigoroso”, refere o atleta.
Na fase pós Covid, quando regressou aos treinos, o jovem não teve nenhum acompanhamento médico, nem realizou exames para saber se estava em condições físicas para regressar aos relvados. Este tipo de regresso ao futebol pode ser perigoso, porque não há o cuidado de detetar alguma alteração física, que possa ser relevante na prática de atividade física, principalmente a níveis profissionais. De acordo com o Dr. Nélson Puga, chefe do departamento médico do Futebol Clube do Porto, e de acordo com o Dr. Diogo Santos, médico do Boavista Futebol Clube, é importante a realização de exames antes da retoma desportiva, nomeadamente de um eletrocardiograma, de um eco cardiograma e de um raio-x pulmonar. Isto significa que Duarte não teve um regresso ao futebol com toda a segurança devida, apesar de ter tido sintomas fracos, e que podia ter sofrido sequelas de forma mais séria. Esta situação ainda se torna mais grave quando o atleta refere que teve sintomas quando voltou a treinar. “Principalmente senti a nível cardiovascular. Estava na baliza, quase não me mexia, e já não tinha fôlego. Estava a ventilar muito mais depressa”. O atleta refere ainda uma perda de força para ter impulsão ao saltar. Este tipo de sequelas pode levar a problemas de saúde mais grave que podem prejudicar toda a vida de um jogador, não só a nível desportiva, mas também a nível pessoal. No entanto, Duarte acabou por ter alguma sorte na recuperação. Quando voltou a poder treinar, o desporto parou novamente, e desta forma ele teve a possibilidade de recuperar gradualmente e ao seu ritmo: “Comecei a treinar ao meu ritmo e a ir dar umas corridas e então comecei a ganhar o ritmo lentamente”.
A Covid-19 trouxe medo à vida de Duarte: “Fiquei com algum medo, a nível mental, de apanhar outra vez Covid”. O atleta conta que também tem medo das sequelas que a infeção lhe pode trazer: “Tenho medo mas tento não pensar muito nisso. Por vezes, quando estou em casa sozinho penso: E agora se eu fico com uma sequela mais grave a nível dos pulmões por causa da Covid?”. De modo a fugir destes pensamentos mais negativos, Duarte tenta-se distrair no seu dia a dia. A Covid-19 foi prejudicial para a vida do atleta. Para além de o ter feito perder algum tempo de atividade como profissional de futebol e algumas rotinas de treino e jogo, porque estes tiveram algum tempo suspensos, a Covid trouxe o medo para a vida do jogador, que pensa diariamente nas sequelas que pode ter devido à infeção. Para além disto, no futuro, segundo os especialistas médicos, ainda não se sabe ao certo que sequelas a Covid pode causar a longo prazo, tanto a níveis cardiovasculares, como neurológicos que podem afetar toda a vida de um atleta profissional.
Dr. Nélson Puga: “Aquilo que mais nos preocupa é a doença cardíaca em consequência da covid”
[Texto de Diogo Araújo, Francisco Moreira e João Pinto] A pandemia veio afetar em grande parte os atletas de alto rendimento. A quebra da performance desportiva, o mau estar salubre e ainda os problemas psicológicos pelos quais podem passar são algumas das variantes que mais afetam os atletas profissionais que testaram positivo ao vírus da covid-19.
A curto prazo, é possível controlar o estado clínico dos atletas, contudo, as sequelas que o vírus pode deixar são o alarme para todos os departamentos médicos desportivos, que, para além de terem de controlar uma possível recaída, têm mesmo de estar alerta a um possível mau estar no futuro.
Dr. Nélson Puga, chefe de departamento médico do Futebol Clube do Porto, refere que “aquilo que mais nos preocupa é a doença cardíaca em consequência da covid, a mais importante é a miocardite, que pode ser potencialmente perigosa”. Para além disso, “Houve uma coisa que nós também tivemos preocupação, que foi perceber que um dos sintomas que está descrito nesta virose, a astenia, que é a falta de força, se se perpetuava nos atletas. Há ainda uma síndrome de fadiga crónica que fica associada a esta doença”, concluiu.
Depois de terem tido a doença, o processo de recuperação dos atletas é variável, pois todos eles são diferentes, precisam de cuidados adaptados às suas necessidades e ao impacto que a doença teve em cada um, desde assintomáticos que geram menor preocupação até aos que tiveram sintomas diversos e com intensidades diferentes dos restantes. “Tivemos uma comunicação permanente com os atletas durante o período em que estiveram infetados. Os que não desenvolveram sintomas, mantinham-se ativos por isso as perdas físicas foram muito atenuadas e, mesmo aqueles que tiveram sintomas, foram sintomas muito transitórios, de um ou dois dias, e aí baixávamos o nível de intensidade física ou até mesmo paravam”, referiu Dr. Puga, concluindo que “Todos eles recuperaram em 10 dias, tinham alta do Serviço Nacional de Saúde e podiam regressar”.
Para retomar a atividade física, é imprescindível ter em conta que os atletas estejam totalmente curados da virose, realizando exames clínicos de modo a prevenir eventuais sequelas que possam surgir. “Ao décimo dia, estavam todos a regressar e felizmente com saúde, sem sequelas. Avaliávamos com uma eletrocardiograma, um ecocardiograma, um raio-x pulmonar e todos eles estavam normais”, disse Dr. Puga, referindo ainda que “Não conseguimos prevenir sequelas, mas procuramos manter o sistema imunitário bem ativado no sentido de eles estarem com menos suscetibilidade a adoecerem, através de uma boa alimentação e de alguma suplementação vitamínica, de modo a não terem quebra de imunidade”.
Quando os protagonistas estão fechados em casa a cumprir quarentena, é necessário que eles se mantenham ativos para as perdas físicas, técnicas e táticas não serem muito acentuadas. Contudo, esse processo varia também de atleta para atleta consoante as suas características (de jogo) e a função que desempenham em campo. “Procurava-se fazer treinos que fossem mais adequados à função que que desempenhavam. Aqueles que são jogadores mais velocistas, mais rápidos, faziam mais ações explosivas e menos atividade com mais volume. Os outros que têm de executar mais volume nos treinos e nos jogos e por isso correm mais, mas em intensidades menores, faziam um bocadinho mais de volume, ou mais séries, ou mais bicicleta, em função das necessidades”, conta Dr. Puga, mencionando ainda que durante o acompanhamento em casa, “eles ligavam-se todos por Zoom, e estavam ao mesmo tempo monitorizados com cardiofrequencímetros [aparelho que controlam a frequência cardíaca], para conseguirmos aproximar o stress fisiológico em ambiente de domicílio para padrões semelhantes àquilo que é o treino deles. A única diferença é que não tinham os colegas, as balizas, as bolas nem a parte técnica igualmente trabalhada”.
A covid- 19 tem um impacto muito grande em todo o tipo de pessoas, sendo os desportistas, não só de alto rendimento, quem poderão vir a ter problemas mais graves no futuro. Por sua vez, existem médicos que aconselham a paragem da atividade desportiva (por 6 meses ou até 12 meses) e ainda quem ache que a retoma desportiva tenha de ser progressiva, como é o caso do Dr. Nélson Puga, que diz que “devemos respeitar a regra da progressão, pois uma pessoa que teve uma doença mais afetante, deve ter um estudo que exclua que ele ficou com algum tipo de sequela, eventualmente acrescentar provas funcionais respiratórias ao estudo realizado. A partir do momento que podemos considerar quem tem critérios para retomar a atividade física, nós devemos aconselhar uma retoma progressiva das atividades em função daquilo que eles faziam. Se por exemplo uma pessoa de 60 anos fazia meia hora de corrida, não poderá fazer logo a meia hora e terá que se adaptar à regra da progressão, e ir percebendo se a resposta está a ser adequada”.
Covid-19 – Dr. Diogo Santos: “Até que ponto não pode influenciar a carreira?”
[Texto de Diogo Araújo, Francisco Moreira e João Pinto] Dr. Diogo Santos é médico do Boavista Futebol Clube e, também ele, lida diariamente com atletas profissionais que já testaram positivo à covid-19. As principais preocupações destes médicos nesta altura, é prevenir as doenças potencialmente mais perigosas e que possam limitar a prática desportiva, como é o caso da miocardite, a astenia e a síndrome de fadiga crónica. Diogo Santos, no caso do seu clube, começa por referir que “há de facto uma percentagem mínima, mas importante, que tem principalmente a astenia, é a principal queixa que eles referem, uma dificuldade em conseguir voltar aos mesmos índices físicos que apresentavam antes da infeção”.
Sem esquecer a doença mais grave, a miocardite [inflamação do músculo cardíaco], Diogo Santos começa por dizer que “nestas idades é algo raro” devido ao facto de os atletas profissionais serem uma amostra jovem, mas conclui dizendo que “é muito mais grave do que a astenia e por isso mesmo também nos leva ao aumento de precauções”.
Na fase do pós-infeção, a fase de recuperação começa desde cedo a ser feita. “Eles estando assintomáticos, começam a treinar ainda em isolamento. Começam a fazer reforço muscular, algum trabalho aeróbio, para quando regressassem fosse mais fácil a readaptação aos treinos”, refere Dr. Diogo, sem antes referir que “em termos de avaliação, no mínimo dos mínimos fazer um eletrocardiograma para saber se houve alguma alteração cardíaca pela tal miocardite. Se o atleta fosse bastante sintomático, não nos devíamos cingir pelo eletrocardiograma, mas incluiríamos análises clínicas, prova de esforço, ecocardiograma, …”.
Numa altura em que estamos suscetíveis ao vírus da covid-19, é necessário que o nosso sistema imunitário esteja nas melhores forças, de modo que seja mais difícil contrairmos o vírus. Diogo Santos esclarece a melhor forma de reforçar o sistema imunitário: “Exercício físico, sono e alimentação são os mais importantes. Nós tendo isso bem controlado, diminuímos o risco de infeções”.
O futuro é incerto uma vez que “só” lidamos com o vírus por 14 meses, mas Diogo Santos revela que um dos maiores mistérios vai ser “descobrir o que é o covid prolongado, malta que teve infeção sem grandes sintomas, mas que depois por períodos muito prolongados acabam por ter alguns sintomas, como a fadiga, a astenia, e os sintomas neurológicos, desde parestesias, a perda de palato, do cheiro”.
Para além de todos os problemas físicos que a covid possa causar nos atletas de alto rendimento, algo que também preocupa médicos e todos aqueles que trabalham na área desportiva, é o modo como a parte neurológica dos jogadores pode ser afetada. “Perda de olfato e paladar não vai influenciar nada a prática desportiva deles, mas vamos imaginar por exemplo que fica com parestesias e fica sem sensibilidade nos pés ou nas mãos, até que ponto não pode influenciar a carreira?”, questiona-se Diogo Santos, concluindo que “até que ponto é que depois ele não pode pedir indeminizações porque temos de ficar reformados por causa de termos uma incapacidade?”.
Dr. Hélder Dores: “Nos casos mais graves, pouco frequentes, pode originar por exemplo (…) morte súbita”
[Texto de Diogo Araújo, Francisco Moreira e João Pinto] Dr. Hélder Dores é licenciado em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Mais recentemente, em 2019, completou um doutoramento, também na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa em Medicina. Atualmente, trabalha com cardiologia desportiva, prevenção cardiovascular, reabilitação cardíaca, doenças cardíacas hereditárias e imagiologia cardíaca. Para além disso, faz parte do Human Performance Department do Sport Lisboa e Benfica.
Segundo Dr. Hélder Dores, “a miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, o miocárdio, que tem várias causas, entre as quais se destacam as infeções virais.”
A miocardite pode ter consequências para a vida, que dependem da gravidade da inflamação: “Nos casos mais graves, pouco frequentes, pode originar por exemplo insuficiência cardíaca ou arritmias graves, que por sua vez provocam sintomas limitativos como cansaço ou falta de ar para esforços ligeiros, bem como complicações mais graves, incluindo morte súbita. Um dos aspetos mais relevantes neste contexto é a necessidade de restrição da prática desportiva após a miocardite, porque o exercício pode despoletar a ocorrência de arritmias potencialmente fatais.”, explica Dr. Hélder Dores.
Uma vez que os problemas cardíacos podem provocar cansaço, pode surgir a ideia de que possam provocar a síndrome de fadiga crónica [cansaço inexplicável durante um período superior a seis meses], mas, Dr Hélder Dores esclarece que são coisas distintas: “Na síndrome de fadiga crónica, que ocorre após infeções virais e que temos observado nalguns casos após COVID-19, existe um cansaço arrastado (durante semanas a meses) acompanhado de outras queixas inespecíficas, mas sem lesão específica de qualquer órgão, nomeadamente sem miocardite ou outras complicações cardíacas.”
Por fim, Dr Hélder Dores conta que já acompanhou vários jogadores que foram infetados pelo vírus da Covid-19, até mesmo alguns que sofreram a sequela da miocardite e explica como podem ser reintegrados, com cautela, na atividade desportiva: “Nos atletas infetados é fundamental realizar uma avaliação prévia antes do return to play (voltar a jogar) que na presença de sintomas moderados ou graves implica a realização de alguns exames complementares de diagnóstico, principalmente da área da cardiologia e da pneumologia. Naqueles que tiveram miocardite confirmada tem de haver uma suspensão da prática desportiva durante 3 a 6 meses, após a qual são repetidos vários exames, que se não revelarem nenhuma sequela grave permitirão o seu re-inicio gradual.”
Questionário “Consequências da Covid-19 no desporto”
[Texto de Diogo Araújo, David Borges, Francisco Moreira e João Pinto] Com a criação deste inquérito, o objetivo passava por perceber de que forma o vírus da covid-19 afetou e ainda afeta todos aqueles que praticam desporto com alguma regularidade. No total, o inquérito teve 137 respostas.
De todas as 137 respostas recolhidas, 59 pessoas responderam que são praticantes desportivas com muita frequência, o que equivale a cerca de 43% do total das respostas. Nas restantes respostas, 26,3% pratica desporto frequentemente, 23,7% pratica algumas vezes e apenas 7,3% praticam poucas vezes.
Das 137 pessoas que responderam ao questionário, 30 já tiveram infetados com o vírus da covid-19. Isto indica que, em termos percentuais, 78,1% não teve covid e 21,9% testou positivo para a covid-19.
O objetivo deste inquérito era apurar as complicações que a covid-19 pode trazer a quem pratica desporto e, consequentemente, apuramos que das 30 pessoas infetadas, apenas 11 tiveram acompanhamento médico durante a recuperação. A maioria dos inquiridos refere que o acompanhamento foi, em grande parte, por via telefónica para que houvesse uma monitorização dos sintomas.
Dos 30 infetados com covid-19 que responderam ao formulário, há uma maioria que sofreu complicações que afetaram a performance desportiva (17 pessoas). Esses mesmos 17 inquiridos referem complicações tais como perda de resistência, perda de massa muscular e dores musculares, cansaço, dificuldades respiratórias, tosse persistente e fadiga.
Durante a pandemia, cerca de 70% dos inquiridos refere que tiveram de alterar o tipo de exercício que praticavam. As mudanças referidas, com maior frequência, foram passar a treinar em casa, treinar ao ar livre, evitar desportos coletivos, deixar os treinos, treinar utilizando máscara e treinar com menor intensidade. Para além destas, há ainda quem refira que treinava com separadores de acrílico entre os colegas e com fitas adesivas no chão que delimitavam o espaço de cada um, o que permitia manter o distanciamento social.
Através do inquérito foi possível compreender que quase 40% dos inquiridos (54 pessoas de 137) deixou de praticar desporto desde que se iniciou a pandemia.
O desporto que praticavam ter sido suspenso foi a principal razão para deixarem de praticar desporto, mas cerca de 20% das pessoas apontam o medo do contágio como razão para terem parado de praticar. Há ainda quem aponte motivos como medo de sequelas cardiorrespiratórias, problemas psicológicos e dificuldades em respirar.
Após esta paragem forçada, cerca de 54% dos inquiridos apontam como principal consequência a perda de ritmo. Para além disto, há quem destaque como consequência os problemas psicológicos, problemas físicos, decréscimo da performance desportiva, aumento de peso ou todas as opções em conjunto.
Notícias de outros meios de comunicação: Os sintomas de alguns atletas profissionais
[Texto de Diogo Araújo, Francisco Moreira e João Pinto] Segundo o jornal brasileiro Metrópoles, é bastante importante cuidar do corpo de um atleta para que este pratique desporto da melhor forma possível.
A chegada do vírus da Covid-19 no ano de 2020 trouxe um novo medo, pelo facto de que as equipas técnicas das instituições desportivas não saberem até que ponto os sintomas poderiam prejudicar a performance e a saúde dos atletas.
Toni Kroos, médio do Real Madrid, testou positivo para a Covid-19. Numa entrevista ao podcast “Einfach mal Luppen”, o jogador revelou alguns dos sintomas após contrair a doença: “Em geral, sinto-me fraco. É algo que não recomendo a ninguém. A verdade é que não é algo agradável. (..) Sinto-me melhor e a febre diminuiu um pouco. Quero tranquilizar toda a gente e estarei pronto para o Europeu”.
No final do ano passado, Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1 declarou numa entrevista que ainda sentia algum cansaço fruta da Covid-19: “Não estou a 100%, ainda sinto algo nos pulmões.”, afirmou o britânico, que já foi campeão por sete vezes.
Em Portugal, também houve um caso de um atleta que teve sequelas graves devido à infeção pelo vírus da Covid-19. Daniel dos Anjos, atleta brasileiro da equipa B do Sport Lisboa e Benfica, contraiu o vírus e consequentemente foi diagnosticado com miocardite aguda e, porventura, teve de suspender provisoriamente a atividade desportiva, tendo sido acompanhado pelo Dr. Hélder Dores.