Das narrativas híbridas ao chat GPT: quais os lugares da experiência do jornalismo?
“Jornalismo e storytelling: os lugares da experiência” é o tema da VIII edição da conferência anual Jornalismo Frankenstein” que se realiza dia 2 de maio de manhã (10:30-13:30) e de tarde (15:00-18:30) no salão nobre da Universidade Lusófona – Centro Universitário do Porto.
A iniciativa é aberta ao público em geral, em modo presencial, e traz à universidade vários profissionais e investigadores da área dos estudos narrativos, cruzando reportagem multimédia e documentário interativo.
Esta conferência enquadra-se no âmbito da unidade curricular de Transmedia e Narrativas Híbridas, lecionada pela Professora Vanessa Rodrigues e é organizada pelos estudantes finalistas do curso de Ciências da Comunicação, Ramo de Jornalismo.
Patrícia Nogueira (Porto), Daniel Brandão (Porto), Daniel Catalão (Porto), Marina Thomé (Lisboa) e Márcia Mansur (Lisboa), Marcelo Bauer (Brasil, São Paulo) e Andréia Peres (Brasil, São Paulo), são os convidados e convidadas em destaque com a moderação dos estudantes João Ferreira, Catarina Almeida, Bárbara Pires e Vicente Ribeiro.
Nas edições anteriores foram abordados temas distintos, tais como, “Será o Ciberjornalismo um Espaço Público Seguro?”, “Fake News, Desinformação e os Desafios da Verificação Jornalista”, “Jornalismo vs. Entretenimento”.
Assim, da parte da manhã, iremos contar com a participação de Patrícia Nogueira, Marina Thomé e Marcia Mansur, e Catarina Santos, juntamente com a sua equipa (João Porfírio, Carlos Diogo Santos, Miguel Feraso Cabral, Ana Moreira), em modo online. Na parte da tarde, contaremos com a presença de Daniel Brandão, Daniel Catalão e, em modo online, com Marcelo Bauer e Andrea Peres. Através dos distintos convidados, iremos perceber melhor sobre o funcionamento do storytelling e como esta ferramenta tem vindo a evoluir nos diferentes meios comunicativos.
Saiba mais sobre os nossos convidados e convidadas:
Patrícia Nogueira é professora auxiliar de Cinema na Universidade da Beira Interior e investigadora integrada no LabCom. Doutorada em Media Digitais pelo programa internacional UT Austin-Portugal, com especialização em Criação Audiovisual e de Conteúdos Interativos, e tem mestrado em Fotografia e Cinema Documental pela ESMAE. É co-directora do Festival Internacional de Documentário MDOC e do grupo de investigação CCVA – Cinema and Contemporary Visual Arts, da European Network for Cinema and Media Studies. Co-editora da secção Book Review da revista científica NECSUS membro do editorial board de várias publicações académicas.
Começou a trabalhar na indústria cinematográfica em 2004, na produção de longas-metragens de ficção, e, desde 2010, que se dedica ao documentário enquanto realizadora. Durante 2015 esteve em residência no National Film Board do Canadá e em 2016 foi visiting scholar no departamento de cinema da Universidade do Texas em Austin. Serve enquanto júri em concursos do ICA e em diversos festivais de Cinema. Os seus interesses de investigação centram-se em Documentário – autoral, experimental, interativo, expandido – em Teorias Feministas do Cinema e na intersecção das Artes com o Digital.
Marina Thomé é diretora de cinema. Tem experiência na criação e produção de novos formatos de narrativas e, também, em projetos de produção cultural e audiovisual. Para além disso, trabalhou 20 anos em comunicação.
Marcia Mansur, formou-se na Arts Administration na New York University. Através de um mestrado e doutorado em antropologia visual, aprimorou os seus conhecimentos acerca do patrimônio cultural e políticas públicas para a cultura. Trabalha com a documentação e a difusão da arte e da cultura. É uma antropóloga com 10 anos de experiência como produtora, pesquisadora e diretora de documentários. Desenvolve conteúdo para TV educativa.
Catarina Santos, editora e coordenadora da equipa de multimédia do Observador. Teve 10 anos na Rádio Renascença. Através das suas reportagens, demonstra a sua paixão pela rádio, por narrativas visuais e pela escrita.
João Porfírio é editor de fotografia e fotojornalista do Observador, tendo já passado pela Agência Lusa, pelo Semanário SOL e o Jornal i. Já realizou reportagens em diversos países como Iraque, EUA, França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Croácia, Sérvia, Turquia, Grécia, Hungria, Eslovénia e Marrocos.
Carlos Diogo Santos foi jornalista, inicialmente, no Diário de Notícias. A partir daí, a sua carreira baseou-se em trabalhos jornalísticos, mas em áreas mais específicas, nomeadamente, na justiça. Em 2017, realizou um trabalho de investigação. Mais tarde, assumiu as funções de editor da secção de Sociedade e de editor executivo. Em 2017 fez um MBA ministrado pela Católica do Porto, pela P.U.C. do Rio de Janeiro e pela Católica de Angola e, pelo meio, escreveu o ‘Rio Derradeiro’, livro que veio juntar-se a outros três de que é co-autor. Ainda, em 2022 fez a cobertura da guerra na Ucrânia, como enviado especial a cidades como Kiev e Zaporíjia.
Miguel Feraso Cabral exerceu como arquitecto até finais dos anos 90 e foi professor de artes visuais durante alguns anos em escolas da rede pública. Atualmente trabalha no Observador como web designer, na criação de páginas multimédia com o foco em narrativas interactivas. A par das várias profissões ao longo dos anos, manteve sempre atividade como músico e sound designer, como realizador de curtas metragens de vídeo e animação, ou como ilustrador – muitas vezes complementado-se em diversos projectos.
Ana Moreira licenciou-se em Ciências da Comunicação e logo de seguida fez um mestrado em Design Multimédia. Em 2017, mudou-se para Lisboa onde começou a trabalhar como jornalista multimédia no jornal económico ECO. Foi no meio de vídeos, ilustrações e animação que encontrou a sua forma de fazer jornalismo. Em 2020, mudou-se para o Observador, onde trabalha atualmente.
Daniel Brandão, professor auxiliar no Departamento de Ciências da Comunicação do ICS-UM, é também investigador integrado do CECS e colaborador do ID+. Licenciado em Design de Comunicação, Mestre em Arte Multimédia e Doutorado em Media Digitais, na Especialidade de Criação Audiovisual e de Conteúdos Interativos, pela Universidade do Porto. No seu doutoramento desenvolveu o projeto Museu do Resgate, um website participativo com vídeos feitos por cidadãos sobre o quotidiano da cidade. É também um dos coordenadores do Citadocs, um projeto de realização colaborativa de mini-documentários, nascido no Futureplaces Medialab for Citizenship.
Daniel Catalão, é doutorado em Media Digitais pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Professor especialista em Audiovisuais e Produção dos Media no Instituto Politécnico de Bragança e professor especialista na Universidade Lusófona do Porto. Ainda, professor de Comunicação Digital e Redes Sociais, Cibercultura, Introdução às Tecnologias de Comunicação e Laboratório Digital. É jornalista e apresentador da RTP especializado em novas tecnologias e internet. E, também, autor do programa TecNet.
Marcelo Bauer, jornalista com pós-graduação em Cinema Documentário, trabalhou por mais de 15 anos na grande imprensa e fundou a Cross Content em 2001, ao lado de Andréia Peres. Começou a sua carreira como jornalista político. Foi editor de Política da revista IstoÉ, repórter e redator da Folha de S.Paulo, repórter de O Globo e repórter e chefe de reportagem de O Estado de S. Paulo. É criador da iniciativa Webdocumentário e diretor de quatro webdocumentários.
Andréia Peres, jornalista especializada em temas sociais, é diretora da Cross Content. Realiza trabalhos de consultoria e coordena projetos editoriais em áreas como direitos da infância, direitos humanos, direitos da mulher, educação e saúde.