De Madrid ao Rio de Janeiro, a procura pela segurança
A estudante brasileira de 22 anos dá o testemunho de alguém que já fez um longo caminho geográfico para se manter em segurança. “Esta situação alterou tudo na minha vida”, confidencia Ana Laura, atualmente a viver no Brasil.

Em Erasmus na cidade de Madrid, Ana Laura voltou a Portugal aquando a suspensão das aulas presenciais. Quando o número de casos confirmados começou a aumentar na Europa, regressou ao Brasil, o seu país. “Foi tudo muito rápido, muito rápido”, repete-se, ainda incrédula. A quarentena de Ana Laura começou com uma viagem internacional.
Agora no Brasil, não sai de casa. Com os irmãos, Ana Laura voltou ao país onde está a sua família e grande parte dos seus amigos, mas não é uma visita como as outras. Não ter contacto físico com eles tem sido um grande desafio da quarentena. A pandemia da Covid-19 levou-a a “conhecer” o sobrinho recém-nascido apenas por fotografias.
A estudante brasileira assume que é uma pessoa muito ansiosa. Precisou mesmo de uma pequena pausa para suspirar. “Eu tenho muita fé, que isto vai passar.”

A jovem estudante confessa que tem “ vergonha de falar sobre o governo brasileiro”. Considera que os brasileiros “não estão a levar isto a sério” e, por isso, esse comportamento, leve ao aumento dos números. Números estes que significam vidas em risco. Para a estudante, o povo espanhol obedeceu ao confinamento. “ foram bem focados e querendo que isso acabe rápido”.
Ana Laura deixa uma mensagem de esperança para o futuro “porque realmente a gente não sabe o dia de amanhã”.
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Por Gabriela Silva
O meu nome é Gabriela Silva. Tenho 20 anos e sou colaboradora na editoria de Saúde. A minha ida para a editoria de Saúde surgiu na procura de sair da zona de conforto e também porque era das editorias que não tinham quase ninguém. A minha professora da primária, já há muitos anos, comentou com os meus pais que qualquer dia eu iria ser jornalista. Todas as semanas tínhamos de apresentar um pequeno texto sobre uma notícia que tínhamos visto na televisão. Eram tardes à procura da notícia mais insólita e mais original, foi aí que surgiu o bichinho pela comunicação. Ser jornalista é mais do que um sonho de criança. O bom jornalismo é aquele que coloca o mundo em questão, isso é o que me move.