Nair Almada tem 31 anos trabalha como auxiliar de educação, e vive na cidade de Lille em França, com os dois filhos Dayana, de 5 anos e Gabriel de 2 anos.

Isolada desde março, Nair confessa que a maior dificuldade é ficar em casa com os filhos.As crianças ficavam inquietas e tristes por não poder ir as aulas, ver os amigos ou ir brincar com os familiares. Nair confessa que os primeiros dias da quarentena fora difíceis sobretudo para o pequeno Gabriel de 2 anos.

“ É complicado explicar o porquê não podemos sair, não ir a escola, visitar os primos”.

Nair Almada

O período de isolamento revelou-se um verdadeiro desafio. Apesar de trabalhar com crianças, precisou readaptar-se para poder ensinar os dois filhos a mesmo tempo.

Procurou manter uma rotina de tarefas e tempo para lazer

“ Eu colocava tarefas para fazerem, pintura, leitura, mas tenho sempre que adaptar para o Gabriel poder fazer as coisas, e o que ele não entende eu explico.”

Nair Almada

 Nair revela que no início do isolamento teve dificuldades em lidar com as incertezas em relação ao seu futuro. A incapacidade de fazer planos para o futuro, a insegurança fizeram-na perder algumas noites de sono. No entanto manteve uma atitude positiva e procurava sempre tornar o dia dos filhos o mais normal possível.

A quarentena serviu também para a pequena Dayana aprender a escrever Português. Ocupava o tempo das crianças com danças, teatros e trabalhos manuais. Foi segundo a mesma “um período para reforçar os laços, aumentar a auto estima dos miúdos e ensiná-los a dar valor a pequenas coisas” .

Durante o tempo que esteve em casa, contou com ajuda da câmara municipal que tribuiu cabazes a todas as famílias com filhos. Revela ainda que apesar das ansiedades. nunca se sentiu desamparada e que as ações do governo francês passaram-lhe muita confiança na capacidade do país superar a crise sanitária.

Nair tem esperança que num futuro próximo tudo possa voltar a normalidade e possa rever as pessoas que ama.

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