Depois da tempestade… vêm os cavalos!
- Lourenço Hecker
- 20/05/2021
- Desporto Fotografia Saúde Sem categoria
[Fotorreportagem de Lourenço Hecker e Sara Silva]
Como vários animais, os cavalos são reconhecidos pelo seu efeito terapêutico. Associados ao desporto, a equitação é o escape da Maria Alves.
É na pista que a Maria, carinhosamente conhecida por Nené, deixa de lado os problemas. Ganhou o gosto por influência de uma prima, mas foi após a separação dos pais que decidiu começar a montar.
“Quando estou a passar por uma fase menos boa da minha vida costumo dizer “preciso de ir a uma rota (que são provas com a duração de um mês, com competições todos os fins de semana) para me curar.”
Com 25 anos atualmente, a Nené já perdeu a conta às competições em que participou, mas diz que faz uma média de 20 fins de semana por ano.
Para a jovem, o mais interessante sobre os animais é o facto de todos terem personalidades diferentes, o que faz com que seja um desafio cada vez que monta um cavalo diferente.
Cada cavalo relembra a Maria de diferentes histórias. Entre muitas, destaca a lição de vida que aprendeu com a égua Dolores: “Não importa o que digam, nós somos bons no que realmente gostamos de fazer”.
Atualmente, monta apenas a Rose e o Umenko. Diz serem cavalos muito especiais por várias razões:
“A Rose é a égua com a qual tenho mais sintonia (a seguir ao Tirol) e é a mais competitiva e também um pouco maluca (como a Dolores) que já tive. É aquela égua que eu consigo montar estando nervosa ou não.
O Umenko, digo que este cavalo é o meu melhor amigo pelo simples facto de que ele está sempre presente para mim e me ajuda sempre que erro. A Rose já não é bem assim..”
Apesar de competir, a Nené e todos que trabalham na quinta, não se esquecem nem descartam os cavalos que já não podem competir. Entre o grupo, destaca-se uma burra, com quem Nené partilha um imenso carinho.
Com tudo isto, não se imagina de outra forma para o resto da vida: “O meu sonho era poder montar todos os dias. Infelizmente com o trabalho é impossível, mas não me imaginava não os ter ao fim de semana”