Divertir, negociar, trabalhar, vender: Da comida, à agricultura e ao artesanato, a dinâmica das feiras

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Divertir, negociar, trabalhar, vender: Da comida, à agricultura e ao artesanato, a dinâmica das feiras

[Texto de Inês Lopes Costa]

As feiras gastronómicas, agrícolas e de artesanato são autênticas montras ambulantes que representam e apresentam várias zonas do país num único espaço e num curto período de tempo. Com tradição e visibilidade são locais de empreendedorismo com uma realidade com um “por detrás” que, por vezes, passa ao olhar de quem visita.

Feiras que funcionam bem em conjunto

Todos os anos, de norte a sul, de este a oeste e nas ilhas de Portugal, acontecem feiras agrícolas, gastronómicas e de artesanato, que permitem dar a conhecer a quem as visita produtos representativos de várias zonas do país ou produtos novos, exclusivos, diferenciados e personalizados. Estas feiras tornam-se um evento capaz de apresentar Portugal, não na totalidade, mas várias zonas do país num único espaço e num curto período de tempo. 

Um albergue que recebe pessoas de todas as faixas etárias. Um local de passagem de consumidores,visitantes,curiosos, produtores,pessoas do ramo agrícola, gastronómico e de artesanato,empresários, interessados em conhecer, divertir-se, negociar, trabalhar, vender.  

Embora cada feira, gastronómica, agrícola e de artesanato, tenha um conteúdo específico e as suas particularidades, a verdade é que o conceito de “híbrido”, é algo que as caracteriza, visto que é possível e muito frequente  numa feira de gastronomia ter artesanato e vice-versa, numa feira agrícola ter gastronomia e até mesmo uma feira conter a presença dos três setores. 

“As feiras de gastronomia dificilmente não incluem a parte do artesanato, ou vice-versa. Depois há as feiras, que englobam os três. Normalmente, elas funcionam sempre bem em conjunto, porque uma coisa acaba por puxar a outra e vice-versa.”

Catarina Silva, representante da Nonôs Artesanato

Conhecidas como feiras que preservam a tradição, assumem-se, também, como uma das melhores formas de empreendedorismo. “Montras ambulantes” que potenciam a divulgação de produtos, serviços e negócios que permitem chegar a pessoas da zona, de outras cidades e até mesmo países,encontrando novos clientes e criando a possibilidade de expandir os seus negócios e criar uma boa rede de contactos. Catarina Silva e Silvestre Lopes são exemplos disso. Catarina Silva, representante da Nonôs Artesanato,na Feira Internacional de Artesanato em Lisboa conheceu um senhor interessado no seu produto e que acabou por se tornar representante da marca em Luanda. Silvestre Lopes, artesão de Linho, explica que graças às feiras também tem tido uma procura grande de presépios, produto lançado recentemente, que envia para destinos tão diferentes como “para Odemira, para Lisboa, Porto,Viana e Braga”.

A par da divulgação, o contacto direto proporcionado pelas feiras acaba por permitir uma relação de interação entre a pessoa, que é o rosto do produto,serviço e negócio, e a pessoa interessada no mesmo. A pessoa consegue explicar, mostrar, esclarecer e incentivar o interessado à compra e, depois,  recebe um feedback, uma sugestão e até mesmo uma compra.

Este contacto direto e esta interação entre “dar e receber” não acontece apenas entre quem trabalha e visita a feira, mas entre as próprias pessoas de “dentro”. Isabel Ferreira, dona da Botekisa, uma marca de compotas biológicas e bolos frescos, ambos sem adição de açúcar, explica que nas feiras acaba por se formar uma família, “convivemos muito nas horas em que aquilo está fechado até abrirmos” e isso acaba por ajudar a “criar coisas novas, ideias novas”. Isabel participou recentemente na Feira de Gastronomia em Santarém e foi convidada por outra marca lá presente a criar uma parceria e a desenvolver um novo produto. 

A feira tem outros negócios, outros produtos e isso permite tirar ideias, receber sugestões e desafios de parcerias. 

A par de tudo isto, existe também a promoção individual quando o dono ou representante da marca acaba por falar diretamente com o cliente, com parceiros e até mesmo com os meios de comunicação social. 

“As feiras constituem ainda importantes motores da actividade económica e comercial, não só para os sectores que intervêm directamente na dinâmica do certame propriamente dita, como também para setores que beneficiam indiretamente com a sua realização. Como por exemplo, os hotéis, empresas de transportes, de restauração, de publicidade, jornais, rádios, tipografias e gráficas. Pelo facto de se realizar um certame, toda uma região beneficia em larga escala. Esses benefícios serão tanto maiores e mais vastos quanto mais relevante for o evento para a região ou sector de atividade.
O crescimento do mercado de feiras tem vindo a ser uma constante, o que se repercute na ampliação e sofisticação da respectiva infra-estrutura, pois cada vez mais empresas têm vindo a participar neste tipo de eventos, “apostando no segmento como gerador de grandes negócios, além de ser uma grande ferramenta de promoção de reunião de profissionais de um mesmo set.”
  
Trabalho “ Contributo para o conhecimento do papel das feiras”, disponível online, desenvolvido pelo Sociólogo Marcos Olímpio Gomes dos Santos e atualizado em 2012.

A realização destas feiras não acontece apenas a nível nacional, mas também internacional. Nuno Machado, empresário e um dos representantes da raça de carne autóctone, a Carne Mirandesa, já realizou feiras em Paris, Espanha e Bordéus. Esta participação além de valorizar o produto e a zona de origem, acaba também por ser uma forma de representar Portugal. 

As feiras agrícolas, gastronómicas e de artesanato são  também vantajosas a nível económico, pois além do lucro que obtém na comercialização do produto durante a realização das feiras, também beneficiam quando o produto/negócio/serviço expande a outros parceiros.

Muito investimento, poucos apoios

Fazer feiras de lés-a-lés do país e até mesmo no estrangeiro é algo que acarreta uma panóplia de desvantagens. É um investimento económico, é “ir pela tua conta e risco. Corre bem, ótimo. Corre mal, tens prejuízo, tens que arcar com ele”, afirma Catarina Silva. 

Participar não é de graça, há um custo associado para quem vai participar nas feiras poder ter acesso ao local onde irá trabalhar. Catarina Silva, esclarece que há feiras em que se pode pagar “ de 600 a 1000/1200” euros só o espaço para expor artesanato.Também António Faria, dono de uma empresa que vende tratores, máquinas agrícolas, oficina e manutenção, afirma que existem feiras que “o metro de terreno é muito caro, a pessoa leva sempre o mínimo” faz outras feiras que saem mais baratas, mas exige investimento na mesma. A par disto existem ainda as despesas associadas à deslocação, alojamento e alimentação,visto que grande maioria das feiras realizam-se fora da área de residência.

O investimento nas feiras é grande, mas os apoios são poucos ou nenhum. O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) apoia economicamente os artesãos que possuam carta válida de unidade produtiva artesanal e participem em feiras.Além deste apoio, existem  câmaras municipais que oferecem apoios aos artesãos, pagando ou o stand, ou o alojamento ou o transporte. Esta ajuda económica não acontece em todas as feiras. Há um valor anual por parte do IEFP que é entregue mas, após ser gasto, não existem mais apoios. Também  a Câmara Municipal ajuda em algumas feiras, mas não todas. As câmaras acabam por dividir os apoios que dão, de modo a conseguir ajudar economicamente o maior número de artesãos, coisa que não seria possível se esse apoio acontecesse em todas as feiras que fazem, principalmente concelhos com grande número de artesãos. 

“Vão ajudando determinados artesãos em determinadas feiras e noutras vão ajudando outros, sendo sempre mais ao menos nos mesmos moldes”

Catarina Silva

Independente do valor recebido, o apoio financeiro torna-se uma mais valia para quem beneficia dele, mas se pensarmos nos custos de fazer uma feira, o subsídio dá para cerca de duas ou três feiras. 

No que se refere a pessoas que façam feiras no ramo agrícola e gastronómico, não existe nenhum apoio financeiro direto para a participação, pode é , por vezes, existir por parte da Câmara Municipal, mas é raro. 

“Eu nunca tive apoios de ninguém a fazer feiras. Quando faço as feiras é à nossa conta.”

António Faria

Existem algumas organizações de feiras que podem fornecer alguns apoios, por exemplo, no alojamento ou desconto no espaço que as pessoas irão alugar. 

Acontece que existem feiras que as vendas não correm bem, então aí acabam por ter mais prejuízo que lucro. Catarina Silva esclarece que “este ano fizemos quatro / cinco feiras, tive prejuízo no que toca à venda. Mas,  no que toca à divulgação tive lucro.”

Além das desvantagens económicas, destaca-se a necessidade de estar dias seguidos longe da família e de outros negócios e profissões que as pessoas têm e o cansaço inerente à participação. 

O antes, o durante e o depois que escapam ao olhar de quem visita

As feiras acontecem durante um período de tempo previamente estabelecido e de acordo com o que o é objetivo do evento.Há um antes e um depois que tornam o período da feira mais longo do que aquilo que ela é. 

 “Uma feira que tenha dez dias na verdade para ti tem 30, porque dez dias antes da feira é preciso começar a organizar, conversar com as equipas de trabalho, organizar material, organizar as decorações, etc.. Depois, tens dez dias de trabalho. E, em seguida, outros  dez dias para fechar as contabilidades, é arrumar o material, fazer manutenção do que se estraga.”

Carlos Torres, Partner/chef de cozinha grupo Élebê

Existe um processo de preparação geral por todos os que participam para se prepararem para o período de feira e garantir que conseguirão sempre servir o cliente. 

Nuno Machado e Carlos Torres, empresários, fazem feiras com os seus restaurantes, António Faria, empresário, participa em feiras para expor tratores, máquinas agrícolas e os serviços que disponibiliza na sua empresa, ambos antes das feiras desenvolvem um processo de logística: organizar equipas de trabalho, preparar tudo que irão precisar para os dias de feira para que não falte nada, arranjar camiões, carregar tudo, descarregar o camião, montar tudo na feira. 

Catarina Silva e Silvestre Lopes também têm de preparar os seus produtos de artesanato. Silvestre Lopes conta que há dias que ele e a sua esposa estão a trabalhar até às duas da manhã, “que é quando vamos fazer feiras e não temos as peças”. Catarina Silva também explica que existe um “trabalho de casa” para desenvolver o produto, o Nonô, para que depois possa chegar à feira e realizar a personalização para o cliente, enfatiza que  demora entre “quatro a cinco dias para ter uma peça de venda ao público.” 

No decorrer da feira existe o processo de manutenção. Verificar os produtos e garantir que está tudo em condições. Isabel Ferreira conta que na Feira Gastronómica de Santarém, vendia Botekisas, um bolo fresco, e para ter em quantidades suficientes e com qualidade ia todos os dias a Lisboa, local onde tem a fábrica, buscar o produto e depois regressava à feira por volta das 10h30 para montar e ter tudo pronto antes de abrir. 

No fim da feira é necessário desmontar tudo, tratar da parte contabilística, analisar estragos e tratar de negócios que surgiram na feira. 

Este antes, durante e depois das feiras não acontece apenas por parte de quem participa, mas também por parte de quem organiza. Anabela Lopes, presidente da direção Andarte, explica que organizar uma feira de artesanato demora em média três meses e que para ela isso é um desafio enorme, tem que prever todas as situações que possam acontecer, tratar da segurança, parte burocrática, luz,água, analisar a candidatura de quem está interessado em participar e selecionar as pessoas, respeitando os vários critérios e tentando ter uma diversidade de expositores. A par disso, esclarece que  é necessário “ir apresentando coisas novas, coisas diferentes é necessário fazer uma análise de mercado, ver o que é necessário, o que público procura e quem é o seu público-alvo.” É necessária uma adaptação constante de modo a expor sempre novidades e a conseguir chamar a atenção do público. 

Divulgação e Visibilidade : Um pau de dois bicos 

Cada feira é uma feira o que faz com que a divulgação e a visibilidade dependa totalmente do tipo  feira que é. 

“Cada feira é uma feira. Cada feira tem uma organização. Cada feira tem um objetivo. Cada organização tem a sua forma de estar. As divulgações são feitas consoante a  necessidade de cada feira.”

Carlos Torres

Com muitos anos de existência ou mais recente, uma feira agrícola, gastronómica e de artesanato recorre sempre à divulgação. 

Uma feira que já conta com várias edições e reconhecimento nacional e, por vezes, internacional acaba por não ter a necessidade de uma divulgação tão grande. As pessoas já sabem que naquela altura, naquela localidade há aquela feira, apenas é necessário uma comunicação que contenha as informações do evento, local, dias, horas de modo a relembrar visitantes habituais e potenciais novos visitantes. Apesar da visibilidade, há feiras que não deixam de apostar numa boa divulgação ou os meios de divulgação não querem perder a oportunidade de participar no evento. “Ainda agora na Feira de Santarém só para televisões dei quatro entrevistas e  como eu vários colegas deram e isto não acontece por norma numa feira. Nos grandes eventos, as próprias televisões querem estar presentes” conta Nuno Machado. 

“Se for uma feira nova é preciso muita publicidade. Não chega só nas redes sociais. É preciso pôr umas lonas, é preciso pôr uns outdoors, e alguns anúncios da rádio” afirma Anabela Lopes. Quando a existência é precoce, maior é a necessidade de divulgação, recorrendo tanto a veículos de comunicação modernos como às redes sociais, como os mais tradicionais, de que são exemplo os acima enumerados. 

“Há muita coisa a melhorar, mesmo as feiras que estão bem divulgadas tem sempre margem de manobra para melhorar.”

Nuno Machado

Apesar da divulgação ser algo intrínseco e instintivo, isso não coloca de lado a necessidade de ser repensada e adaptada. 

“Um vídeo explicativo por parte de cada artesão a dizer que tipo de produto tem, o que é, o que não é, como é feito, qual é o conceito, a explicar essas coisas. Coisas curtas, mas que no curto consigas explicar exatamente qual é o teu produto”, afirma Catarina Silva. Esta ideia acaba por destacar a criação de conteúdos nas redes sociais, nomeadamente, vídeos curtos que procurem apresentar quem irá estar na feira, explicar o negócio/produto/serviço, de modo a informar as pessoas sobre o que poderão encontrar lá e aliciar à visita e à compra.

Utilização de uma comunicação mais direta de modo a anunciar “de que a feira se ia realizar, em que data, em que cidade  de forma mais prática e objetiva”, afirma Carlos Torres. 

Desenvolver atrações, como apresentações relacionadas com o tema principal da feira, música,danças, dentro do evento, de modo a incentivar o público a ir, mas também a estar lá mais tempo. Isabel Ferreira enfatiza que “as pessoas quando vão para lá [feira], querem animação” e considera que uma forma de chamar público é ter a presença de “variedades,ranchos folclóricos, pessoas a animar aqueles setores.”

Catarina Silva destaca, também, a“divulgação em pontos estratégicos”, como uma mais valia para chamar a atenção das pessoas e incentivar a sua visita às feiras. Esta divulgação estratégica pode passar, por exemplo, pela utilização de outdoors, lonas, flyers e cartazes. 

Utilização dos meios de comunicação tradicionais, quer a nível nacional, quer regional na divulgação do evento e entrevistas a várias pessoas que trabalhem na feira, de modo a que estas possam explicar negócio/produto/serviço deixando o público curioso em conhecer, incentivando à visita. Catarina Silva ressalta que, por exemplo,em Barcelos e Santarém “as rádios locais deram bastante visibilidade às feiras e mostraram-se bastantes interessadas em saber que tipo de produto era.” Os meios de comunicação podem assumir-se como veículos essenciais na divulgação das feiras e de quem lá está pois “ há muita coisa que se passa nas feiras e nestes festivais, que deveria ser mostrado e não é mostrado”, esclarece Isabel Ferreira. 

Com muita divulgação ou não e dependendo do tipo de feira, as feiras gastronômicas, agrícolas e de artesanato, têm visibilidade.

A divulgação nas redes sociais da organização do evento, de marcas parceiras e Câmaras Municipais, o interesse dos canais televisivos, jornais e rádios, com presença nacional e regional em estarem presentes nos eventos e contribuir para a sua divulgação e  a relevância de determinadas feiras gastronômicas, agrícolas e de artesanato acabam por ser fatores que potenciam a visibilidade das feiras a nível nacional e internacional.

O interesse crescente dos jovens em visitar as feiras e a dúvida em trabalhar nelas

As feiras agrícolas, gastronómicas e de artesanato são visitadas por pessoas de todas as faixas etárias e com possibilidades econômicas muito diversificadas. Quem visita e compra  depende de fatores, como o interesse pelo produto e a possibilidade económica e não pela feira e a idade. 

A transversalidade de idades que visita e compra em feiras desta categoria não deixa de colocar em reflexão a sua relação com os jovens no futuro.

“Cada vez mais eu noto que as pessoas mais jovens têm interesse neste tipo de produtos, acham piada e gostam” afirma Catarina Silva. A par do interesse dos jovens em visitar estas feiras coloca-se frente a frente se serão capazes de dar continuidade à tradição, não como visitantes, mas como trabalhadores. 

Há quem acredite que sim. António Faria defende que os jovens “estão sempre prontos, trabalham, lutam, têm amor àquilo [que fazem]”

Os negócios geracionais também são vistos como incentivo aos jovens que almejam dar continuidade. “ Temos muitos colegas que já são os próprios filhos que estão a gerir agora o negócio e outros que os netos até já começam a andar por lá, a ajudar e a passear e tudo mais” afirma Nuno Machado.

Se há quem acredite que temos uma geração capaz de abraçar a tradição e continuar, há quem acredite que não. “Acho que vive muito pela teoria e pelo que aprendem na escola e esquecem-se da prática e o que é trabalhar a sério” afirma Carlos Torres. 

Apoios económicos, realização de workshops que permitam aos jovens desenvolver skills no ramo agrícola, gastronômico e de artesanato, orientação acerca de como funciona uma feira e como trabalhar nela são sugestões que visam o incentivo para os jovens que ambicionam trabalhar no ramo, mas também para ser o íman de outros que não partilham da mesma ambição. 

Inês Lopes Costa

Inês Lopes Costa, 20 anos, nascida e criada numa freguesia de Vila Nova de Famalicão. Cresceu no meio do povo e o povo viu-a crescer, talvez este seja um do dos motivos que a faz gostar tanto de pessoas e falar com pessoas. Quando era pequena, ainda sem saber ler, gostava de olhar para os desenhos dos livros e inventar histórias. Hoje, adulta, espera poder ouvir histórias reais e espalhá-las pelo mundo. Sonha também dar voz a quem não a tem, tornando o invisível visível. Essas são talvez as razões que a levaram a escolher Ciências da Comunicação, estando neste momento no último ano da licenciatura. Ambiciosa, aventureira e curiosa são os adjetivos que a definem, pois ,diariamente, esforça-se para conquistar o que quer e partilhar o que gosta e aprendeu.