Educar à distância de um Abraço
Marcelo e Rosana Temperini, são casados e professores na rede estadual e privada no estado do Rio de Janeiro, onde residem com seus dois filhos de 14 e 7 anos.
O Estado do Rio de Janeiro decretou quarentena obrigatória desde o dia 16 de março, o que paralisou aulas desde o pré-escolar, ao ensino superior.
Atualmente só saem de casa para ir ao mercado, com o uso de máscara, além do uso constante de álcool em gel. Quando chegam em casa passam pelo processo de higienização de todos os produtos comprados e da própria higiene pessoal, tentando seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Lidam com as dificuldades da Educação à Distância, tanto pela visão de professores, como na visão de pais. Tentam manter a rotina diária que possuíam, dividindo-se entre as atividades diárias que os filhos recebem da escola e as aulas que Marcelo e Rosana preparam para as suas turmas.
Revelam preocupação com a educação a nível do Estado brasileiro, pois uma parte dos estudantes da rede pública não possui acesso à internet e outros necessitam dividir o computador com os seus pais que estão em homeoffice e, por isso, demoram a conseguir acessar às atividades propostas pelos Professores.
Enquanto Docentes estão presentes nas plataformas das escolas, gravam vídeo-aulas, fazem exercícios e dão “assistência online para os alunos”. Marcelo destaca que a maior dificuldade para si é o afastamento dos seus alunos, por defender a importância do “contacto professor-aluno” promovido na Escola.
Ressaltam a importância de saber lidar com as emoções durante a quarentena – “ora você fica triste, ora você está bem” – e destacam o exercício da paciência como primordial neste período.
Rosana salienta o sentido solidário que tem observado na sociedade que, apesar da grande diversidade social, se movimenta para promover campanhas de doação de alimentos e de ajuda aos pequenos empresários que perderam as suas rendas.
Marcelo demonstra entusiasmo ao falar que após a quarentena quer abraçar “todo mundo”, desde alunos aos amigos. Deixam uma mensagem a todos para que a ciência seja valorizada, de agradecimento à vida e reforçam que a palavra de ordem atualmente é “Paciência”.