Enfermeiro, mas na retaguarda

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Enfermeiro, mas na retaguarda

Tiago Oliveira é residente em Vila do Conde e tem 33 anos. É enfermeiro há doze no bloco operatório do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Contrariamente ao que seria de esperar, por ser profissional de saúde, vive a pandemia fora da linha da frente. Faz parte dos grupos de risco da Covid-19, uma vez que que faz medicação imunossupressora, o que o torna uma pessoa mais suscetível a adoecer e com menos defesas naturais. 

Fotografia cedida pelo entrevistado

Tiago está solidário e “muito orgulhoso” dos colegas de trabalho e elogia a postura das autoridades de saúde.  Em casa há mais de três semanas, garante que assim continuará pelo menos até ter mais garantias de que poderá sair, com menor risco. Tem criado, dentro do possível, uma rotina saudável que engloba exercício físico, leitura que estava em atraso, assistir a séries de televisão e até alguns preparados na cozinha, que confidencia “…que é coisa que por norma não faço”.

Em tom reflexivo, deixa escaparAcho que nunca vai ser a mesma coisa. Não vai ser a mesma coisa para ninguém.” Reforça ainda, que a partir de agora, estaremos mais despertos para problemas sanitários semelhantes ao que vivemos e que iremos valorizar mais, os pequenos momentos de lazer e o que nos parece dado como adquirido.

 Termina por apelidar situação atual como “Um mau filme de ficção científica” e apela a que todos que cumpram o seu dever e os cuidados recomendados pela OMS.

 

 

“Para mim o abraço acaba por ser simbólico. No momento em que não existirem restrições e a situação esteja ultrapassada, ou pelo menos controlada, vai ser nesse momento que vamos poder abraçar as pessoas que estão próximas de nós e todos aqueles que achamos que o merecem”.  Tiago Oliveira, 33 anos. 

 

Por Inês Silva

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