Enfermeiro numa outra realidade

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Enfermeiro numa outra realidade

Bruno Silva tem 23 anos e vive em Inglaterra. É enfermeiro desde outubro de 2018 no Addenbrooke’s Hospital – Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust.É um dos elementos que constitui a linha da frente no Reino Unido no combate à Covid-19. 

Natural do Porto, reside agora em Cambridge, Inglaterra. Bruno é mais uma das pessoas que é forçado a estar longe da família. Já não consegue ir a casa desde dezembro de 2019.  Afirma que “tem sido um grande desafio”. Uma vez que reside no Reino Unido, encontra-se a viver sob as regras estipuladas pelo local onde vive. Acrescenta ainda que tem sido desagradável viver aquela realidade, uma vez que as medidas foram tomadas já num momento tardio e por essa mesma razão, existe um grande incumprimento das mesmas.

Para o jovem enfermeiro estar em casa nunca foi uma opção, porque a sua profissão assim o exige. Conta-nos que tem tentado chegar às pessoas através da sensibilização. Tem tentado chegar aqueles que não tem tanto conhecimento relacionado com o sistema de saúde e transmitir a importância do uso da máscara, da lavagem das mãos, a desinfetação das superfícies em que tocam e da etiqueta respiratória. Afirma que precisamos realmente destes cuidados, porque não estamos definitivamente seguros. Assim, Bruno afirma que o seu maior desafio tem sido lidar com a monotonia da rotina: casa e trabalho, trabalho-casa. 

Para além de estar ligado à medicina tradicional, encontra-se também ligado à medicina considerada complementar. Afirma que tem recorrido ao reiki e à meditação quase diariamente. Estes métodos têm sido o seu segredo para garantir o bem estar psicológico e o equilíbrio, o que lhe ajuda na hora de prestar cuidados aos demais.

Considera-se uma pessoa afetuosa e dada a abraços. Para Bruno, “não há cá apertos de mão nem beijinhos, prefiro o abraço mesmo porque é aí que podemos sentir e agora não podemos fazer isso”.

Para Bruno, somos todos iguais e só quando todos entendermos isso é que as coisas vão melhorar. “uns sem os outros não somos nada. (…) eu acho que só a partir do momento em que toda a gente se aperceber que somos todos feitos do mesmo (…) só a partir daí que as coisas vão rolar”.

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Por Vânia Maio