Bebiana Rocha tem 20 anos, vive na Trofa, distrito do Porto, e é estudante de Jornalismo. Viu o seu estágio curricular ser afetado pela pandemia da Covid-19. Atualmente encontra-se em regime de teletrabalho, o que causa maiores constrangimentos, dado que no jornalismo é fundamental o contacto com as fontes.

Está de quarentena desde o dia 28 de fevereiro. Para ela, o maior desafio tem sido manter a rotina, ou seja, vestir-se, cozinhar a horas, manter o foco durante o horário de trabalho, porque estar muito tempo fechada em casa acaba por lhe tirar um pouco a noção do tempo.. Tem estado em casa, no entanto, os pais continuam a sair para trabalhar.

A nível académico tem tido os apoios necessários, tal como na vertente financeira, quer por parte dos pais, quer pelo facto de ser uma estudante bolseira.

Bebiana refere que no início começou a entrar um pouco em pânico. Ficou algumas noites sem dormir. Atualmente já lida melhor com a situação, pois com o passar dos dias tem feito chamadas com os amigos e os familiares que a ajudam. Acrescenta que sempre foi uma pessoa que gosta de estar em casa. Devido a esta situação passará a ter uma maior atenção ao que faz.

Nos tempos livres tem visto mais filmes e séries, através de plataformas de streaming na internet  e sente falta das idas aos shoppings e de jantar fora.

Para Bebiana, o abraço é a melhor forma de agradecimento, refere que é uma pessoa que gosta particularmente de afetos.

Considera que o Governo teve como principal objetivo não provocar o pânico, no entanto, na sua opinião isso fez com que as pessoas desvalorizassem um pouco a força do vírus. Acredita que o Governo deveria de ter tido pulso mais firme e ter sido um pouco mais rígido.

Espera que toda esta situação sirva de exemplo e que as pessoas deixem de ser tão egoístas.

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