ESTUDANTES ADAPTAM-SE ÀS DIFICULDADES DE ALOJAMENTO NO PORTO
- Ricardo Garzon
- 11/11/2022
- Atualidade
Habitações a preços altos, sem contratos nem recibos. Falta de casas no Porto tem sido uma das dificuldades encontradas pelos alunos do Superior no arranque do ano letivo
Há estudantes deslocados da Universidade do Porto sem opção de alojamento, mas a maioria consegue contornar as adversidades na procura de acomodação. Segundo um inquérito da Federação Académica do Porto (FAP), apenas 170 dos 1007 estudantes deslocados inquiridos não encontraram casa no Porto.
Bárbara Pires, aluna do terceiro ano da Universidade Lusófona, afirma que ao contrário de muitos colegas teve a sorte de encontrar uma casa com um preço acessível, quando chegou de Gouveia para estudar no Porto. “Estou a viver com mais seis pessoas. Mas a casa tem, felizmente, condições para tanta gente”. A estudante paga 250 euros por mês, com despesas incluídas, numa zona com acesso fácil a transportes públicos “e tudo aquilo de que um estudante deslocado precisa”.
Vinda de Barcelona, Alba está a estudar em Portugal através do programa de mobilidade Erasmus e vive perto do Bonfim, numa casa com nove quartos.
A espanhola afirma ser muito fácil encontrar quartos no Porto e explica que a universidade ajudou no processo, enviando informações: “Realmente não acho que os preços sejam extremamente elevados. Se tivesse de viver aqui sem nenhum tipo de apoio económico, fá-lo-ia”, diz. Alba Costa está ciente de que a sua perspetiva decorre da realidade de Barcelona, onde os preços são muito mais caros e é mais difícil encontrar alojamento.
Setor em dificuldade
Patrícia Maio, vice-presidente da Associação de Proprietários, defende que existe um desequilíbriono setor. “Este desequilíbrio está a transmitir-se para o arrendamento de uma forma que não considero nada justa”, afirma. Segundo Maio, a Associação dos Proprietários tem acompanhado a situação do alojamento estudantil.
“Nós fazemos contratos de arrendamento, Esses contratos são devidamente tributados e entregues nas entidades para o estudante poder ter acesso à sua bolsa de estudantes em casa, introduzir as suas despesas.”
Patricia Maio