Metro do Porto: a expansão promete melhorar a vida dos Portuenses
- Francisco Fraga Moreira
- 29/04/2021
- Atualidade Fotografia
Foi aprovado no dia 3 de março o contrato das obras da nova linha Rosa e do prolongamento da linha Amarela, que propõem melhorar a vida dos Portuenses.
A nova linha rosa vai ligar São Bento/Praça da Liberdade e Casa da Música. Esta linha vai servir diretamente a Boavista e Baixa do Porto. Vão ser construídas quatro estações entre estes dois locais.
A linha rosa vai ter ligação com as linhas Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja na Casa da Música. Já em São Bento, terá ligação à linha Amarela.
As obras da nova linha rosa já iniciaram na Praça da Liberdade.
É possível notar o avanço das obras na Praça da Liberdade através da abertura do pavimento.
Vai passar a existir metro no Hospital de Santo António, no Pavilhão Rosa Mota, na Escola Gomes Teixeira, no Centro Materno-Infantil do Porto e no Pólo Universitário Do Campo Alegre. A criação desta linha vai proporcionar uma chegada muito mais conveniente, tanto à Boavista como a todas as zonas da baixa portuense. A nova linha Rosa vai ter o propósito de beneficiar os estudantes que estudam nas Universidades do Campo Alegre e na Escola Gomes Teixeira, os doentes e profissionais de saúde que se deslocam regularmente para o Hospital de Santo António e para o Centro Materno-Infantil do Porto e ainda aqueles que visitam o Pavilhão Rosa Mota e os seus jardins.
A linha amarela que liga o Hospital de São João no Porto a Santo Ovídio em Vila Nova de Gaia através da ponte D. Luís I vai ser reforçada com três novas estações: Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila d’Este.
Vão ser construídas, a partir da estação de Santo Ovídio e vão terminar junto à urbanização de Vila d’Este, passando pela RTP, pela escola EB 2/3 Soares dos Reis e pelo Hospital Eduardo Santos Silva. O crescimento da linha Amarela, que é a ligação entre o centro do Porto e Vila Nova de Gaia, vai beneficiar muito os moradores de Vila d’Este e também os utilizadores que necessitam de chegar ao Hospital Santos Silva, à escola Soares dos Reis e aos estúdios da RTP no Monte da Virgem.
As obras para o alargamento da linha amarela também já iniciaram perto da RTP. O troço inicial vai ser um viaduto com cerca de 600 metros, que vai passar por cima da A1 e da EN1. Irá seguir-se um túnel com cerca de 800 metros, no qual vai ficar a estação Manuel Leão, a primeira depois da estação de Santo Ovídio. A partir daqui o metro irá circular à superfície, onde vai passar pelo Hospital Santos Silva e pela urbanização de Vila d’Este.
O plano de expansão do Metro do Porto, que visa fortalecer a linha Amarela em Gaia e criar uma nova linha Rosa no Porto, vai custar um total de aproximadamente 407 milhões de euros. Deste valor total, cerca de 207 milhões de euros foram financiados pelo Fundo Ambiental e 137 milhões de euros foram financiados pelo fundo de coesão. O fundo Ambiental, criado através do Decreto-Lei n.º 42-A/2016, de 12 de agosto, pelo Governo português, tem como finalidade contribuir para o cumprimento dos objetivos relativos às alterações climáticas, aos recursos hídricos, aos resíduos e à conservação da natureza e biodiversidade. Já o fundo de coesão, que vem da União Europeia, visa reduzir as disparidades económicas e sociais e ainda promover o desenvolvimento sustentável. O fim dos trabalhos está previsto para 2023.
Reportagem fotográfica de Diogo Araújo e Francisco Moreira