“Fé, Força e Crescimento”

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“Fé, Força e Crescimento”

Por David Soares

Estas são as três palavras que descrevem a quarentena de Patrícia Viana, 21 anos.

Esta estudante de Ciências da Comunicação na Universidade Lusófona do Porto, a qual é também professora profissional de ballet na Escola Passos de Dança – Trofa, no Porto, fala-nos dos desafios pessoais e profissionais  em tempos de pandemia.

Imagem cedida por Patrícia Viana

O seu percurso no ballet é bastante promissor. Iniciou aulas de ballet clássico com 3 anos como uma atividade extracurricular. Na adolescência frequentou o ensino secundário numa escola artística, onde concluiu o 10º 11º 12º anos como intérprete de dança contemporânea, nível 4 de qualificação profissional. 



Em 2017, iniciou a sua carreira profissional como professora de ballet, na Escola Passos de Dança, após 3 exames todos com distinção. Ao longo destes anos deu continuidade à formação em vários cursos e aulas para enriquecer o conhecimento na área da dança. 


Em quarentena desde o dia 13 de março, sem qualquer tipo de sintoma, define que o maior obstáculo que tem é dar aulas a crianças via online, sem ter oportunidade de estar fisicamente, para os ajudar nas correções de postura e passos, visto que estão ainda a começar 

Reconhece que  há  uma grande diferença, entre dar aulas presenciais e dar aulas online. Como professora têm uma carga de trabalho mais alargada, fora do horário das aulas.
A  dança como é uma atividade física, que requer bastante concentração, a técnica é fundamental. É necessário que as crianças, o movimento presencialmente , executado pela professora. Ou até existir  uma orientação corporal,  para corrigir a postura dos alunos. Assim, admite a professora de dança, torna-se difícil e desmotivante. “Falta-nos o amor, os abraços e os afetos dos nossos alunos. Tivemos que adaptar os objetivos para o ano letivo para esta nova realidade.” 

Descreve que uma das maiores dificuldade, é a enorme desconcentração por parte dos mais novos. O ambiente familiar, as condições que cada um tem nas suas casas, são dificuldades concebidas no contexto de isolamento. 

“Não há espaço e muito menos o material necessário, não podemos fazer trabalho coreográfico de grupo nem trabalhos de desenvolvimento musical e rítmico com os alunos perante esta nova realidade.”

Imagem cedida por Patrícia Viana

Apesar de todos os obstáculos  Patricia leciona, através da plataforma ZOOM com tempo ilimitado para que não haja mais interrupções e assim a aula possa  fluir  “naturalmente”. O seu pequeno apartamento também sofreu alterações. A sala de estar foi convertida num estúdio de ballet, para ter  o máximo de espaço para fazer os movimentos necessários.  

Relativamente à incerteza da reabertura da escolha de ballet, Patrícia e os restantes professores da escola, fazem reuniões semanalmente, para analisar os planos de calamidade atualizados, que são divulgados de 15 em 15 dias pelo governo português. Estão todos à espera de informações e regras para a reabertura da escola.

Compreende os receios e a continuidade de incerteza para a reabertura destes espaços. Estes que contém um certo aglomerado de pessoas, balneários, espaços fechados e troca de suores e excreções por parte dos alunos e professores. Um ambiente propício ao contágio do vírus. 

 “Lá mais para a frente, vamos entender melhor, que só conseguimos, o que conseguimos, porque o fizemos juntos”  

Leia a história completa aqui!