A dupla jornada dos jovens que trabalham enquanto estudam
- Rita Almeida
- 25/06/2022
- Geração Z Portugal
O aceitar do desafio
Em 2020 a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência divulgou um relatório onde apresenta a evolução registada entre 2010 e 2017 relativa aos jovens no pós secundário. Assim, em 2017, 87% dos alunos que trabalhavam e estudavam simultaneamente estavam inscritos numa instituição de ensino superior ou politécnico. |
Ana Luísa Lopes pertence a estes 87%. Tem 22 anos e é estudante de 2º ano do mestrado em bioquímica na Universidade de Ciências da Universidade do Porto [FCUP]. Iniciou-se no mundo laboral com explicações de matemática e físico-química. Como “não tenho horário fixo” e “é algo que aprendo na faculdade, mostrou-se fácil a conciliação.
A decisão de começar a trabalhar acabou por se revelar uma mais valia. Com o tempo livre que tem, “ganhar alguma independência financeira”, ao mesmo tempo que aprende a “dividir da melhor forma o meu tempo”. Reforça, ainda, que lhe permite fazer algo útil e produtivo, não só a nível monetário, como também de “crescimento pessoal”.
Apesar das vantagens que esta dupla realidade traz, também tem alguns impedimentos. Para Ana Luísa o maior impedimento deles é não ter horário livre para todas as explicações que são pedidas. Como prioriza os estudos, acaba por “deixar alguns trabalhos de lado”.
A dupla realidade “estudar e trabalhar” é abraçada por estes jovens nas mais diversas situações. Estes procuram uma inserção precoce no mercado de trabalho que os possa favorecer a longo prazo e em diferentes aspetos de vida.
Rita Almeida, 21 anos, natural de Vale de Cambra. O gosto por comunicar e querer sempre saber mais surgiu muito cedo, definindo CC como carreira a seguir. Atualmente no terceiro ano do curso, na Universidade Lusófona do Porto, sou, também, colaboradora na editoria “Geração Z” na plataforma #infomedia.