Interseccionalidades: pode o Ciberjornalismo ser um lugar de fala?
- Ana Fernandes
- 31/05/2021
- Atualidade Internacional Portugal
[Texto de Ana Fernandes e Vanessa Sousa]
“Interseccionalidades: pode o Ciberjornalismo ser um lugar de fala?” é o tema da aula aberta, organizada pelos finalistas de Ciências da Comunicação da Universidade Lusófona do Porto (ULP), no âmbito da unidade curricular de Ciberjornalismo, lecionada pelas docentes Vanessa Rodrigues e Carla Cerqueira.
Entende-se que a interseccionalidade é um processo de descoberta que nos alerta para as desigualdades que sustentam formas de opressão que se interseccionam, criando um sistema de intolerância, que se materializa em diversas formas de discriminação. A interseccionalidade é um termo que se enquadra na investigação académica, mas que tem também reflexo nos movimentos sociais e nas políticas públicas e permite compreender e analisar as desigualdades e as discriminações que existem na sociedade, como por exemplo de género, raça, classe e sexualidade, entre outros.
A transmissão será ao vivo, através do facebook do #infomedia, no dia 1 de junho, das 10h-13h30, e é aberta à participação e envolvimento do público. Os convidados deste evento, que vão refletir sobre a interseccionalidade no Ciberjornalismo são os investigadores Daniel Cardoso e Ana Cristina Pereira (THE)OTHERING) e as jornalistas Marta Lança (jornalista cultural ), Carolina Franco (jornalista da revista Gerador).
Daniel Cardoso trabalha atualmente com afiliação de investigação no Departamento de Sociologia da Manchester Metropolitan University, no Reino Unido. Faz parte do Research Centre for Applied Social Sciences (RCASS) e do grupo de investigação em género e sexualidade. As principais áreas de trabalho investigativo são: não-monogamias consensuais, Bondage, Disciplina, Dominação e Submissão e Sadomasoquismo (BDSM), género e sexualidades, jovens e novos media, e cibercultura.
Já Marta Lança é programadora, tradutora e jornalista cultural, licenciou-se em Estudos Portugueses e tem uma pós-graduação em Literatura Comparada e em Edição de Texto. Já dinamizou diversas publicações como ‘V-ludo’, ‘Dá Fala’, ‘Jogos Sem Fronteiras’ e é fundadora e editora do portal BUALA. É, ainda, colaboradora do grupo de consultores para o Memorial às Pessoas Escravizadas, projeto da DJASS – Associação de Afro-descendentes.
Ana Cristina Pereira é doutorada em Estudos Culturais, pela Universidade do Minho. Os seus principais interesses passam pela interseccionalidade e tem vários artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais. Neste momento, é investigadora do projeto (THE)OTHERING e membro do Núcleo Antirracista do Porto (NARP).
Jornalista na revista Gerador, Carolina Franco, é licenciada em Ciências da Comunicação na Universidade Lusófona do Porto. Interessa-se por assuntos internacionais, abordando-os, sobretudo, no meio de comunicação digital Shifter e tem como principais áreas de investigação a cultura, juventude e direitos humanos.
Durante esta aula aberta sobre a interseccionalidade e o papel do ciberjornalismo em proporcionar um lugar de fala e autorrepresentação, o público poderá participar através de comentários no facebook do #infomedia. Os nossos apresentadores, os finalistas Ana Laura Toledo e Diogo Araújo, tratarão de fazer chegar essas perguntas aos nossos convidados, de forma a enriquecer o debate e, assim, procurar formas mais inclusivas e promotoras de diversidade no âmbito das práticas de ciberjornalismo.