Longe da família devido à pandemia
- Marta Oliveira
- 19/06/2020
- #Social Atualidade oanoemqueomundoparou
[Texto por Marta Oliveira]
Adriana Meneses tem 31 anos e vive em Vila Nova de Gaia. É médica de família há alguns anos e trabalha num centro de saúde.
É mãe de um bebé de 18 meses e desde que os infantários fecharam, ela e o marido tiveram de tentar arranjar uma solução. A decisão que tomaram foi que seria melhor viverem em casas separadas por tempo indeterminado, ficando assim o pai com o bebé e a mãe sozinha, numa casa alugada na cidade onde trabalha.
Afirma ter todos os cuidados quer no trabalho, quer em casa. Desde a pandemia usa uma farda especial, máscara, e há uma constante higienização. Ao chegar a casa têm o cuidado de colocar o calçado na entrada e desinfetar as mãos.
Menciona também que apesar de tudo não vamos poder voltar à normalidade que existia, vão ter de existir cuidados até se haver uma vacina ou tratamento eficaz.
Esta situação está a ser uma aprendizagem, apesar de Adriana não ter conseguido parar a 100% para refletir sobre tudo o que se tem passado ao longo destes meses. A verdade é que diz há sacríficos muito grandes que tem de ser feitos por amor e um desses exemplos foi ter de deixar a minha família.
Num tom de tristeza, declara também que não devemos pensar que tudo é um dado adquirido, devemos viver cada dia da melhor forma e aproveitar os melhores momentos que temos com quem amamos. Não devemos pensar que temos sempre como garantido um simples abraço, porque a dada altura percebesse que isso não acontece.
Apela para que as pessoas não pensem que já esta tudo normal, porque isso não é a realidade. O vírus está na comunidade, continua a ser transmitido, mas para diminuir essa possibilidade devemos ter cuidados e preservar os mais vulneráveis.
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