Pouca frequência e falta de transportes públicos afeta a vida dos moradores. Nova linha da rede UNIR dá esperança à população

Habitantes de Sampaio estão insatisfeitos com a falta de transportes públicos disponíveis na zona. Há vários anos que a falta de paragens e a pouca frequência de transportes afeta a qualidade de vida da população. Miguel Oliveira, presidente da junta de freguesia de Ermesinde e Paulo Esteves Ferreira, vereador da Câmara de Valongo, afirmam que as novas linhas da rede UNIR abrangem a zona de Sampaio.

Ana Paula Querido tem 57 anos, é auxiliar numa escola primária e utiliza todos os dias o autocarro. Quando falha o transporte, Ana Querida tem de andar 20 minutos a pé até à zona mais próxima onde há autocarros disponíveis.

Além da pouca frequência de autocarros, a falta de paragens que permita maior conforto revela-se um problema. “Existe uma grande falta de autocarros, mas a falta de paragens é também um grande um problema. Quando está a chover é um caminho muito longo”, aponta Mariana Ferreira, estudante de 18 anos.

A procura de autocarros na zona é cada vez maior, mas a frequência tem sido cada vez menor. “Há alguns anos havia maior frequência de autocarros, mas acabaram por ser retirados devido à grande rede de tráfico de droga nos transportes públicos na ligação entre Sampaio e Porto”, revela Miguel Oliveira, atual presidente da junta de freguesia de Ermesinde.

Rosa Silva, de 43 anos, conta que também foram retiradas camionetas, que antes passavam todos os dias e agora só há aos fins de semana e feriados.

Sampaio terá novas novas linhas de autocarros, a partir de dezembro, no âmbito da rede UNIR. Segundo o presidente da junta e o vereador da Câmara Municipal de Valongo, o objetivo das novas linhas é tornar os transportes mais eficientes. “A linha circular L7012/7013 foca-se na freguesia de Ermesinde e foi criada com o objetivo de ligar locais mais periférico, que estavam desprovidos de transportes públicos ou que o serviço era deficitário, ao centro da freguesia e o acesso direto a serviços públicos, comércio e interfaces de transporte, como é o caso de Sampaio”, afirma Paulo Esteves Ferreira.

Os moradores já lutam há algum tempo por mais transportes, mas até esta nova proposta de linha nunca foram bem sucedidos. Rosa Silva refere que já houve abaixo-assinados, por parte dos moradores para obter uma maior regularidade de transportes, mas nunca conseguiram nada.