A frente da batalha, pela enfermeira Ana Mendes

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A frente da batalha, pela enfermeira Ana Mendes

Ana Mendes, 25 anos, está na linha da frente no combate à pandemia que rendeu  o mundo. Residente no concelho de Paredes, no distrito do Porto, a enfermeira evita o contacto com todos os familiares e amigos, exceto com o seu companheiro, o qual é também profissional de saúde, com quem partilha, diariamente, o mesmo local de trabalho.

De voz doce e olhos meios, a enfermeira relata os detalhes que tem vivenciado no meio hospitalar onde trabalha, e com angústia e tristeza, define a situação atual como “diferente”.

Já não vê os vizinhos desde que se recolheu no início do mês de março. Conta pelos dedos as pessoas na rua. Para ela, o isolamento social é o maior problema no meio de toda a situação, acredita que ninguém estava preparado para esta nova realidade, mas, ainda assim, frisa que é uma possibilidade para que possamos observar o mundo através de um novo olhar.

Fora do ambiente hospitalar, Ana reforçou os cuidados como a lavagem das mãos e com o que define, em termos científicos, como “etiqueta respiratória”. Traduzido à letra, a etiqueta respiratória refere-se a todos os cuidados possíveis a ter no momento de tossir e espirrar, reforçados diariamente pela DGS.

Apesar de reconhecer os inconvenientes gerados pelo COVID-19, Ana encara a situação com positividade, ainda que, devido à profissão que exerce, seja todos os dias posta à prova.

Numa reflexão sobre as aprendizagens desta vivência, Ana ressalva que nunca se pode dar nada como garantido, e que, sem dúvida alguma, irá valorizar muito mais o contacto com o próximo. Define o valor do abraço como “valiosíssimo”.

Apela para que todos confiemos no sistema nacional de saúde, e naqueles que, todos os dias, arriscam a própria saúde para cuidar dos que mais precisam.

“Confiem em nós, e façam com que possamos confiar em vocês também.”

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