O cuidado aliado ao medo de se estar infetado
- Andreia Oliveira
- 28/06/2020
- #Social Atualidade oanoemqueomundoparou
Texto: Andreia Oliveira
Adriana Duarte tem 23 anos, vive em Viana do Castelo e é enfermeira. Foi a sua profissão que a levou a estar em contacto com um doente infetado pela Covid-19, numa das instituições onde trabalha.
Quando soube que tinha estado em contacto com um paciente positivo já se encontrava em casa, mas rapidamente se colocou em isolamento, de forma a não prejudicar as pessoas com quem vive. Em dois dias conseguiu submeter-se ao teste para perceber se estaria infetada.
Mesmo com o cuidado de cumprir as normas de segurança no seu local de trabalho, o pensamento de ter falhado algum passo e que tivesse ficado infetada, permaneceu na sua cabeça até saber o resultado do teste à Covid-19.
“Acaba sempre por haver algum receio de que se possa ter falhado em alguma norma.”
Alívio, foi o que sentiu quando o teste deu negativo. Porém, teve de continuar em isolamento por mais 14 dias, como forma de despiste de sintomas. Aproveitou o tempo que esteve em isolamento, para ver filmes e praticar exercício.
Não foi apenas durante o isolamento, que sentiu falta daqueles que mais gosta, mas também a saudade de partilhar momentos com amigos e familiares. Apesar desta dificuldade que o distanciamento social obrigou, consegue refletir que “é algo difícil, mas que hoje em dia se consegue apaziguar com todas as tecnologias que há.”
Adriana acredita que, futuramente, esta pandemia implicará várias mudanças na vida das pessoas, sejam elas positivas ou negativas.
“Neste momento de pandemia … acho que sem dúvida, o maior desafio é a consciencialização de todos, de que as medidas de proteção são fundamentais”. Expõe Adriana Duarte