Patinhas sem lar – Os animais que esperam por uma casa
Com a pandemia o número de abandono dos animais aumentou. Na associação Patinhas sem lar a situação comprovou-se, o número de animais provenientes de situações de abuso e abandono aumentou, mas as ajudas a esta associação também aumentaram.
Reportagem Fotográfica de Ana Pascoal e Maria Châtillon.
As patinhas da Totas, a cadela que marcou a voluntária Érica pela história “chocante”. Foi colocada numa casa com mais 7 cães e maltratavam-na, não a alimentavam.
A Érica acompanhou a evolução desta cadela que antes era agressiva, não deixava que lhe tocassem, atualmente é muito mais sociável. Patinhas com abrigo e voluntários que são o lar.
São muitos os voluntários deste abrigo canino e do gatil. O papel que eles assumem na vida desta associação é fundamental para a reintegração dos cães.
Dão-lhes atenção, alimentam-nos e acompanham o processo dos animais que, na maioria, passaram por situações de maus-tratos e de abandono.
Até nos dias de chuva os voluntários saem e levam os cães a passear. É um momento importante para que os cães socializem quer com outros cães, quer com os voluntários, com quem criam laços inquebráveis.
O trabalho que os voluntários têm é fundamental. Estão com os animais diariamente e assistem à evolução de cada um deles, que é cada vez maior de dia para dia, até ao dia “final” … O dia em que são adotados.
Os voluntários escrevem os nomes de cada um dos animais na entrada da casota, para que quem quer adotar ou apadrinhar um destes cães consiga saber quem é quem.
O abrigo canino “Patinhas sem lar” conta com 110 cães, Candy e Dylan são dois dos exemplos.
Na entrada uma família espreita os cães que pretende adotar, para que estes se familiarizem com aquele que será o lar que tanto ansiavam.
Os animais esperam no espaço que tem sido a casa deles. O olhar daqueles que já sofreram de maus-tratos, e que esperaram por um lar acolhedor, não esperam mais.
O processo de adoção já foi feito, já conhecem a família adotiva e, por isso, estão quase a sair do abrigo canino.
Outra das etapas do processo de adoção: colocar os cães na transportadora, preparar tudo o que for preciso para que eles sejam entregues à família adotiva.
Juntam-se voluntários, a responsável do abrigo canino e um trabalhador pago pela associação, para que seja um processo rápido e confortável para os caninos.
A união do Humano e do animal é essencial. Neste caso, trata-se de uma coexistência de entreajuda, o animal ajuda o voluntário e o voluntário ajuda o animal: as pegadas que se completam.
Uma ajuda mútua até que o cão ou gato ganhe um novo lar.
A pandemia fez com que o nível de abandono aumentasse, no entanto, as ajudas aumentaram, há um número considerável de adoções, de ajudas monetárias, ofertas de ração, de desparasitante.
Na entrada deste abrigo canino observa-se um mural, pintado por voluntários como a Érica, com algumas das organizações que ajudam, constantemente esta associação.