Teletrabalho na companhia da filha

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Teletrabalho na companhia da filha

Francyne Montico, 38 anos, é brasileira, mas atualmente mora em Toronto, no Canadá, com o marido Adriano e a filha Antonella.

Em quarentena desde a segunda semana de março, inicialmente a informação que recebeu foi do prolongamento das “férias de primavera” da filha de uma para três semanas.

Francyne Montico

Após o confinamento Francyne alterna semanalmente a ida ao supermercado com o marido, sendo este o único local para o qual ainda se deslocam.

Trabalhar de casa, ter rotina” e cuidar da sua filha são os maiores desafios da quarentena, nomeadamente quando está em alguma reunião de trabalho online e Antonella, sua filha, “quer atenção e quer brincar”.

Uma das soluções encontradas foi contratar mais um canal infantil na sua televisão e, ao contrário do que acontecia anteriormente, deixa a sua filha assistir a programas e filmes durante bastante tempo. Além do entretenimento, a escola de Antonella envia alguns exercícios, que realiza acompanhada dos pais.

Ao falar sobre as medidas de proteção, Francyne descreve o cenário que viveu em Toronto durante o mês março. Desde o mês de janeiro vários dos produtos de higiene, nomeadamente o álcool em gel, já encontravam-se esgotados e não conseguiram comprar os produtos até então.

Seguir a rotina tem sido uma das formas de lidar com o confinamento e refere que não tem tido “muito tempo para lidar com as emoções”. Confessa que em alguns dias sente-se ansiosa para saber quando toda esta situação irá terminar e que esta incerteza é o principal “desespero” que sente: “A ansiedade de não saber até quando”.

Afirma com algum entusiasmo que sente muita falta de viajar, revelando ser algo de que gosta muito. Por morar num local em que na maior parte do ano é bastante frio e necessitam ficar dentro de casa, aguardam ansiosos pela primavera, quando a temperatura permite passear no exterior, e atualmente, quando há dias de sol admite ser “sofrido” não poder sair de casa devido ao coronavírus.

Francyne salienta ainda a importância de “ajudar quem está precisando” e conta que fez algumas compras para alguns de seus amigos que estavam confinados por duas semanas, após regressarem de viagem quando decretada a quarentena.

Apesar das adversidades, deixa uma mensagem otimista sobre o cenário atual dizendo que “tudo vai passar”.

Veja o testemunho completo aqui.