Um testemunho de alívio: o dia em que Diamantino foi vacinado

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Um testemunho de alívio: o dia em que Diamantino foi vacinado
O #infomedia foi até São João da Madeira acompanhar o momento em que Diamantino recebeu a segunda dose da vacina contra a covid-19. O dia 13 de abril foi o concretizar de algo que esperava desde o início da pandemia.

Diamantino Correia tem 81 anos e é natural de São João da Madeira. Na década de 60 foi para Angola defender o país e atualmente vive na cidade onde encontrou o amor. Transparente e genuíno, o sorriso escondido atrás da máscara reflete a descomplicação que é a sua vida.

Ao longo do grande desafio que é a vida, enfrentou vários obstáculos. Um deles foi a operação ao coração, em 1987. “Fui aberto ao meio como um coelho”, afirmou num tom de brincadeira.

São 16.30h. Diamantino senta-se numa cadeira, que foi previamente desinfetada, e aguarda a sua vez. Após uma breve espera, é chamado para o gabinete 4, ao qual se dirige com um passo acelerado.

Antes do momento de vacinação, com um olhar atento e apreensivo, “Canimambo” – alcunha adquirida na tropa e com significado de gratidão – conversa circunstancialmente com o enfermeiro.

A postura das mãos do enfermeiro espelham firmeza na administração da vacina. De alguma forma, isso transmite segurança a Diamantino.

Estes foram, provavelmente, os 30 minutos mais longos da vida do destemido “Canimambo”. Impaciente e, sobretudo, aborrecido, ansiava que o relógio marcasse 17h05.

Eis que chega o momento em que, na sala de espera, o nome “Diamantino Correia” é chamado, em alto e bom som. Para despistar qualquer tipo de reação à vacina, é questionado como se sente – pergunta à qual responde, com todo o entusiasmo, “bem, minha senhora, está tudo bem”.

O olhar não engana. É a felicidade estampada no rosto de quem tanto desejou ser vacinado contra a covid-19.

Fotorreportagem de Ana Catarina Ferreira e Juliana Silva.