Um restaurante tradicional no fulgor turístico

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Na nova versão do mercado do bolhão, há ainda um restaurante familiar e tradicional que permite sentir os sabores de Portugal por menos, ou até pouco mais de 10€.

[Texto e imagens de Diogo Soares]

Pintainho 36, no segundo piso do mercado do Bolhão

Quem pelo Mercado do Bolhão, no centro histórico do Porto, passa, muito provavelmente, tropeça, dá encontrões, perde-se, no meio de tantas pessoas, culturas e idiomas. Mas, no piso superior, há um canto que é um encanto, pelos sabores, que são transmitidos.

O Pintainho 36 é o nome desse local. Gerenciado por Paula Silva, é acompanhada pelo marido José, e pelos filhos Leandra e Rafael. Além desta família, o restaurante conta com mais quatro funcionários.

“O nome Pintainho 36 deriva do restaurante de frangos que existia aqui até 1989, quando os meus pais compraram o espaço”, explica Paula. “Vim trabalhar para o restaurante em 2006 ou 2007, quando os meus pais se reformaram. Desde aí trabalho com o meu marido. Os meus filhos cresceram neste meio e sempre ajudaram, mas passaram a trabalhar efetivos há três ou quatro anos.”

José é o cozinheiro principal e das suas mãos saem pratos de carnes e peixe. Desde o misto de peixes com arroz malandrinho (9€) ao bacalhau da casa (21€) ou das tripas à moda do Porto (9,50€) à Picanha (18€), sem esquecer a tradicional Francesinha (11€), o Pintainho oferece um leque considerável de carnes e peixes que podem agradar a qualquer paladar.

Para a gerente, a presença dos filhos é muito importante. Diz Paula que “ver os irmãos a seguirem o negócio que foi iniciado pelos meus pais faz valer a pena todo o esforço”.

“Nem sempre foi fácil”, conta, “as obras no mercado atiraram-nos para o shopping (La Vie), o que diminuiu as receitas, depois veio a pandemia e foi o descalabro. Houve dias em que não saiu nada”.

A presença dos filhos faz Paula acreditar que o negócio se manterá por muitas mais décadas. “Os turistas são importantes, vêm muitas provar a comida portuguesa, mas temos muitos mais portugueses e portuenses a vir cá, é impressionante”.