Oito anos após encerramento por falta de administrativos, polo de saúde de Maceda continua sem data prevista para reabrir. Residentes da freguesia obrigados a deslocar-se a outras localidades.

“Simplesmente fechou e fomos obrigados a ir para outro lado. O polo funcionou sempre nas instalações antigas e agora que temos ótimas condições não podemos usufruir”, lamenta Inês Serradela, residente em Maceda.

O Polo de Maceda da USF Laços encontra-se encerrado por decisão da coordenação da USF, que alega falta de recursos humanos para manter o espaço aberto”, explica a Câmara Municipal de Ovar. O modelo de gestão em vigor divide os administrativos existentes entre polos. “Um polo consegue funcionar bem, mas multipolos não”, explica Miguel Silva, presidente da junta de freguesia de Maceda.

A “mobilidade de um administrativo da câmara para formação nos serviços de saúde” e a oferta de “um carro à USF Laços para possibilitar a deslocação de um médico a Maceda” foram algumas das soluções propostas pela junta de freguesia para resolver a situação, diz o autarca de Maceda.

A falta de cooperação da USF de Laços com a junta de freguesia tem dificultando a reabertura do polo de saúde. O autarca sublinha que a situação poderia ser gerida de forma eficiente se a “unidade de saúde ouvisse quem está à sua volta”. Contactada pelo Infomedia, a USF de Laços não prestou esclarecimentos.

“A Câmara Municipal não tem conhecimento de uma data prevista para a reabertura do Polo de Maceda”, informou por email o gabinete de Comunicação da Câmara de Ovar.

A comunidade está “decionada por não usufruir do novo espaço”, diz Catarina Rios, jovem residente. A preocupação aumenta com a população idosa, como Maria Serradela, de 80 anos, que precisa “ir à boleia dos filhos ou a pé, pela nacional 109, sem condições de segurança”, sustenta o presidente da junta.

O antigo posto foi encerrado para requalificação, uma obra no valor de 307.673,36 euros. As obras concentraram-se na “correção de infiltrações e isolamento térmico”, detalhou a Câmara de Ovar. O espaço anterior “colocava em risco os tratamentos de saúde devido a bolores” e “não tinha acessos para pessoas com mobilidade reduzida”, salientou o autarca de Maceda.

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