O encerramento de ruas ao trânsito e de passeios aos peões, em Areias, Santo Tirso, por causa das obras tem afastado os clientes das lojas locais. Comerciantes queixam-se de falta de apoio.

Sandra Ferreira, comerciante do Quiosque das Caldinhas, afirma ter sentido falta de apoios por parte da Câmara. O começo repentino da obra, sem aviso prévio, e a confusão que se iniciou tornaram os últimos meses mais difíceis. O local, onde antes paravam carros diariamente, fechou-se e foi substituído por “poeira e buracos” que abriam e fechavam desorganizadamente. Segundo Sandra, foi difícil para o negócio: “pior do que o covid”, com contas por pagar e sem qualquer apoio financeiro.

Célia Pinto, dona da padaria Pão Quente das Caldinhas e do restaurante Sandopa, apela a um fim rápido das obras para que o negócio volte a fluir. Tal como no Quiosque, estes estabelecimentos sustentaram-se apenas do comércio com as pessoas locais. “Não há lucro suficiente”, lamenta Célia.

Obra para potenciar o comércio

O presidente da União de Freguesias Além Rio, defende a obra como algo que irá potencializar o comércio na zona das Caldas da Saúde, e trazer uma nova vida à maior freguesia da União.

Eurico Tavares acredita que poderá nascer ali o centro de um novo espaço de lazer, cultura e comércio que sempre foi desejado pelos habitantes daquela zona. A prioridade, por agora, é concluir a obra nos passeios e estradas, de modo a permitir o acesso ao comércio.

O presidente da Junta não descarta recorrer à Câmara Municipal de Santo Tirso para que ajude nos apoios aos comerciantes, defendendo que a Junta não tem possibilidades monetárias para o fazer. Reforça que qualquer pedido de ajuda por parte dos comerciantes ao município seria ouvido sem problema.

Sandra Ferreira alega não ter havido qualquer interesse por parte da Câmara em ajudar nestes tempos difíceis.

O Infomedia tentou contactar a Câmara Municipal de Santo Tirso, mas não obteve resposta.

Pesadelo sem fim para os comerciantes

Todos os comerciantes anseiam o fim das obras, o que está dependente do tempo e do fluxo das obras nos próximos meses, segundo o Presidente da Junta da União de Freguesias. Com a chegada da chuva, a obra poderá prolongar-se.

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