Universidades limitam inclusão de alunos com mobilidade reduzida

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Universidades limitam inclusão de alunos com mobilidade reduzida

Estudantes com mobilidade reduzida enfrentam desafios em termos de acessibilidade nas universidades portuguesas, onde apenas 56,3% dos edifícios cumprem as normas exigidas.  Ausência de condições adequadas limita o acesso à educação, levantando preocupações sobre a igualdade de oportunidades no ensino superior.

“A questão não é apenas receber um aluno com características específicas, mas sim criar as condições para que seja tratado com equidade” afirma Alexandra de Sousa, aluna da Universidade Lusófona do Porto, onde destaca um dos principais desafios enfrentados por estudantes com mobilidade reduzida nas universidades portuguesas. Segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), nos últimos anos existiu um aumento significativo nas melhorias de acessibilidade e na crescente inscrição de alunos com mobilidade reduzida, no entanto, ainda existem lacunas consideráveis que exigem uma intervenção urgente e eficaz.

Helena Rato, vice-presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD)

Helena Rato, vice-presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), reforça a necessidade de um levantamento detalhado das condições de acessibilidade nas instituições de ensino superior. “As faculdades têm a obrigação de saber quais são as suas limitações e como podem melhorar”, afirma. A APD desempenha um papel crucial ao oferecer apoio e informação a estudantes com mobilidade reduzida, ajudando-os a reivindicar os seus direitos e a garantir um ambiente mais inclusivo.

Francisco Porto Fernandes: Presidente da Federação Académica do Porto (FAP)

Francisco Fernandes, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), também levanta questões importantes sobre os recursos disponíveis. “As instituições precisam de mais formação e recursos para apoiar adequadamente os estudantes com necessidades educativas especiais”, afirma, destacando que a falta de pessoas especializadas e infraestruturas adequadas limita as oportunidades para os alunos.

Embora seja notória a melhoria nos últimos anos, a acessibilidade nas universidades portuguesas ainda apresentam falhas significativas. As instituições de ensino superior enfrentam desafios para garantir que os alunos com mobilidade reduzida tenham o direito às condições adequadas para participar na vida académica. As organizações como a APD e a FAP continuam a pressionar por mudanças, destacando a importância de uma abordagem mais eficiente e abrangente na implementação de medidas que promovam a inclusão. 

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