Dramático de Rio Tinto precisa de jovens para sobreviver

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Dramático de Rio Tinto precisa de jovens para sobreviver

O Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto enfrenta desafios financeiros e procura atrair público jovem para garantir o futuro. Apesar das dificuldades, coletividade aposta em novas atividades. Câmara admite analisar “apoios mais eficazes”.

Mesmo com o apoio financeiro da autarquia, o Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto luta para manter as portas abertas. “Recebemos 450 euros que não cobrem as despesas de inscrição dos 18 atletas na secção de bilhar, que totaliza uns 1300 euros”, exemplifica o vice-presidente da associação, Jorge Magalhães.

Apesar das dificuldades, o vice-presidente do clube recreativo acredita que é possível melhorar e partilha as atividades implementadas. A associação conta com teatro, bilhar, danças latinas, clube de xadrez, orfeão e trapezistas. Mesmo com os problemas financeiros, a coletividade conseguiu aumentar o número de sócios desde o início deste ano. “Há projetos e iniciativas para o futuro, mas neste momento, importa mais solidificar os projetos que acabamos de criar”, explica..

“Estamos cientes da situação financeira da associação e queremos explorar formas de apoios mais eficazes”, disse ao Infomedia Luís Filipe, vice-presidente da câmara de Gondomar, admitindo as dificuldades da autarquia em apoiar duzentas associações e cinco teatros ativos do concelho.

Atualmente a Câmara de Gondomar tem um orçamento anual de 1,5 milhões de euros para as coletividades. “Todos os anos, as associações apresentam uma candidatura, o plano anual de atividades e em conformidade também com a avaliação do ano anterior e com as propostas que fazem para aquele ano, atribuímos os nossos apoios”, explica o autarca.

Variedade da oferta cultural

Para conquistar os jovens, a coletividade precisa de diversificar a oferta cultural, incluir programas que envolvam música e comédia que possam dar espaço a novos talentos, são ideias de podem ser um ponto de partida para a mudança. “Acho que todo o tipo de atividades culturais, na verdade, mas essencialmente, atividades ligadas à música e à comedia talvez” destaca Ricardo Carvalho, professor de criatividade e compositor.

As necessidades de adaptar a comunicação e divulgação dos eventos são apontadas como estratégia para chegar à juventude. “É essencial aumentar a divulgação dos eventos para alcançar os jovens. Muitos nem sabem que a associação existe”, assegura Ricardo Carvalho.

Jorge Magalhães reforça a importância dos novos media para apelar às camadas jovens, afirma que o objetivo é continuar a melhorar e sublinha a necessidade de ajuste à nova realidade, “sem isto hoje em dia nós ficamos para trás de certeza.”

Jorge Magalhães: vice-presidente do Dramático de Rio Tinto. Fotografia: Diana Magalhães

Integração de jovens 

Um fator que limita jovens à permanência na coletividade é a resistência dos sócios mais antigos. “É difícil integrar as novas gerações com as antigas no mesmo espaço” diz Ricardo Carvalho, contudo o jovem admite que dá para interagir graças às infraestruturas alargadas.

Apesar das barreiras o vice-presidente do clube recreativo garante que é possível melhorar e certifica a importância das atividades já implementadas. A associação conta com teatro, bilhar, danças latinas, clube de xadrez, orfeão e trapezistas. Mesmo com os obstáculos financeiros, a coletividade conseguiu aumentar o número de sócios desde o início deste ano. “Há projetos e iniciativas futuros, mas neste momento, importa mais solidificar os projetos que acabaram de entrar aqui na associação.”

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