Especial Jornalismo Frankenstein ::2020::

Voltar
Escreva o que procura e prima Enter
Especial Jornalismo Frankenstein ::2020::

Especial: Redação de Conteúdos

[Diana Ferreira e Marta Andrade]

É ao longo do nosso Especial que resumimos todo o percurso que o ciberjornal #infomedia tem vindo a cumprir. Juntamente com ele, nasceu e cresceu o projeto “Jornalismo Frankestein” que junta os finalistas de Ciências da Comunicação da Universidade Lusófona do Porto, com o intuito de realizar celebrar os desafios do Ciberjornalismo. 

Este ano, o Jornalismo Frankenstein irá debruçar-se sobre o tema “Será o Ciberjornalismo um Espaço Público Seguro?”. E como ponto de partida, temos a entrevista com a nossa professora Vanessa Rodrigues, docente que leciona a unidade curricular de “Ciberjornalismo” e pioneira, quer do ciberjornal #infomedia, quer do projeto “Jornalismo Frankenstein”. 

Leia a entrevista aqui.

Através dos olhares e pensamentos dos ex-alunos, licenciados na área de Ciências da Comunicação, encontramos testemunhos daqueles que trabalharam em conjunto com a docente, para realizarem o evento que mais ansiedade traz aos finalistas. 

Além dele, deram especial importância ao ciberjornal #infomedia, pelo valor que possui enquanto pertencente à licenciatura, mas mais especificamente às unidades curriculares de Géneros Jornalísticos e de Ciberjornalismo.

Os projetos foram assimilados com apreço e guardados na alma de cada um, tendo em consideração que foi o primeiro contacto com o jornalismo e com a respectiva prática. 

Falamos com Joana Oliveira, finalista do curso no ano letivo de 2014/2015, a qual trabalhou nos primórdios do #infomedia. Além dela, e para entendermos a evolução dos projetos, estivemos à conversa com Daniel Dias, finalista do curso no ano de 2018/2019, numa era mais desenvolvida e promotora do trabalho conjunto entre os discentes e a professora Vanessa.

Foram vários os alunos que quiseram contribuir, através do seu testemunho, no nosso “Especial”, sendo possível reconhecer as faces de sucesso nas entrevistas que estão disponíveis para leitura aqui.

Poder fazer parte de um ciberjornal e da realização de um evento é um enorme desafio e orgulho para os estudantes  finalistas, preparando-os para o mundo jornalístico. O trabalho conjunto entre redação é o principal impulso para o sucesso e, por essa razão, é também o mais prezado.

Vox Pop: Jornalismo Frankenstein

[Esperança Joaquim, Soraya Évora e Fábio Costa]

No âmbito da conferência jornalismo frankenstein os alunos de 3º ano de licenciatura de ciências da comunicação realizaram um vox pop para e dar a conhecer a preocupação proliferação  expansão de discursos de ódio nas redes sociais. Este tipo de discurso é algo muito presente no dia a dia de bloggers e influencers. Assim, ,o #infomedia procurou dar a conhecer algumas vítimas do discurso de ódio e saber como lidam com isso.

Veja mais aqui.

Entrevista ao Professor Luís Loureiro

[Gabriela Silva]

O Diretor da licenciatura de Ciências da Comunicação, o professor Luís Loureiro foi desafiado pelos alunos finalistas do curso para refletir sobre a importância do #infomedia. 

Nesta longa conversa foi feita uma retrospetiva do caminho da plataforma., bem como a pertinência de se realizar um evento online em plena pandemia. 

Contextualização: O ciberjornalismo hoje

[Beatriz Dias, Pedro Faria e Cláudia Carvalho]

Quais são as diferentes perspectivas do ciberjornalismo no contexto digital? Na reportagem de contextualização, diferentes vozes narram como o espaço online permite novas formas de interação e produção de conteúdo multimédia.

Do ponto de vista jornalístico, Vera Moutinho, do jornal Público, e Pedro Miguel Santos, do Fumaça, contam-nos sobre o dia a dia enquanto ciberjornalistas. Descrevem os desafios na construção de histórias com recurso a ferramentas de vídeo e áudio e das vantagens que estes elementos multimédia trazem à narrativa.

Mas, e será que o online aproxima os jornalistas dos leitores? Este é um dos temas muito explorados por vários investigadores na área do ciberjornalismo. A caixa de comentários dos jornais online é o personagem principal dos artigos de Fábio Ribeiro e de Joana Guerra Tadeu. Ambos questionam quais serão os melhores modelos de gestão desses comentários e refletem sobre o convite que todos recebemos sempre que olhamos para aquela caixa em branco à espera do nosso comentário, mesmo que não haja nada a ser dito sobre determinado tema.

E nem sempre os comentários resultam num espaço público de debate. Pelo contrário. Conversamos com Larissa Gonçalves e Luz Dani Miklos, vítimas de comentários ofensivos e de ciberbullying. Apesar da frequência com que estes crimes ocorrem, abordamos nesta reportagem o desconhecimento a nível nacional e internacional sobre a relevância em denunciar estes comentários e da forma como devemos proceder nestes casos.

Leia a Reportagem aqui

Para aprofundar ainda mais o contexto atual em que todos vivemos dentro do ciberjornalismo, publicamos na íntegra a entrevista realizada à jornalista Vera Moutinho e ao investigador Fábio Ribeiro.

Veja aqui as Entrevistas na Íntegra

Entrevista aos oradores (Sessão da manhã)

Eduardo Leal, o fotojornalista e ativista pelos direitos humanos

[Daniela Couto]

“A máquina fotográfica para mim é um passaporte para outros mundos”

Eduardo Leal é um fotojornalista com paixão, garra e dedicação. Tem trabalhado em situações de risco e de insegurança, nomeadamente em contextos autocráticos. É através da sua lente que conta histórias, que realça a vida e os cenários mais desconhecidos pelo mundo, mas também revela algumas mazelas que ficam no corpo, mas sobretudo na mente.

Move-se pela curiosidade, num sentido de missão, e considera-se um ativista pelos direitos humanos. A partir do seu trabalho acredita que pode “lançar uma semente para uma mudança”, de mostrar o que não está certo e o que deve ser alterado, ou até histórias positivas que podem trazer a mudança.

Num mundo cada vez mais digital, Eduardo destaca a democratização da fotografia, as maiores acessibilidades e liberdades quanto ao conteúdo e a captação de uma maior audiência. Por outro lado, encontra alguns aspetos negativos como o imediatismo do online, o stress e a dificuldade de esconder a sua identidade quando pretende entrar em algum país de regime autocrático.

Admite já ter sido vítima de discursos de ódio devido a vários projetos que realizou, no entanto, tentou sempre mostrar às pessoas que retrata todos os ângulos possíveis nas suas histórias.

Na Venezuela sofreu duros episódios de violência física e perseguição. Sempre pensou na profissão pelo lado mais romancista, de que jornalistas nunca passariam por situações como esta. Confessa não gostar de falar destes assuntos. Deixa no passado os acontecimentos menos positivos e realça as histórias que capta.

Rui Pereira, uma visão da Opinião Pública pelo ex-jornalista de revelação e professor universitário

[Andreia Oliveira]

Rui Pereira foi jornalista e atualmente é professor universitário. Distinguido com vários prémios, entre eles, o Prémio Gazeta de Revelação. Doutorado em Sociologia da Comunicação e da Informação, alia a sua experiência ao gosto de conversar. Apresenta o seu ponto de vista – em sintonia com diversas referências literárias – e debate com entusiasmo as questões da Opinião Pública e os novos desafios que podemos encontrar no ciberespaço, tal como o discurso de ódio. Ao mesmo tempo, permite que conheçamos um pouco do seu percurso como jornalista.

“A Opinião Pública pode ser um conjunto de percepções, um conjunto de imagens, que pessoas com uma relação com os grandes meios de difusão de comunicação nas sociedades, formam de um modo mais ou menos autónomo, mas dentro das balizas propostas e impostas do pensável”.

Não considera que tenha sido alvo de discursos de ódio, porém assume que, enquanto jornalista, já foi várias vezes ameaçado na sequência do que escrevia ou do próprio local que se encontrava, pelo facto de os jornalistas não serem bem – vindos.

“O problema do discurso de ódio, é que pode desencadear práticas de ódio.”

Sofia Palma Rodrigues: desconstruir discursos de ódio

[Sofia Coelho e Luana Teixeira]

A jornalista Sofia da Palma Rodrigues começa por destacar “na Internet o discurso de ódio circula sem grande regulação”, tornando-de muitas vezes num palco de excelência para proliferar o discurso de ódio.

Afirma nunca ter sofrido de discurso ódio, no entanto, salienta “mais importante do que apontarmos o holofote para os jornalistas, devemos apontar o holofote para os cidadãos, pois são as principais vítimas do discurso de ódio”.

Quando questionada sobre possíveis soluções para travar o discurso de ódio refere “com boas práticas jornalísticas, com um jornalismo mais consciente, com o cumprimento do código deontológico”.

Em tom reflexivo, realça “enquanto cidadãos nós não temos uma formação para os media (…) não nos é ensinado na escola literacia mediática, que nos permita distinguir o que é informação jornalística e o que é fake news”.

Finaliza expondo o seu ponto de vista relativamente ao modo como os jornalistas convocam a opinião pública “nós usamos o conceito para tentar legitimar opiniões e posicionamentos que são subjetivos, que são nossos”.

Entrevista aos oradores (Sessão da tarde)

[Cláudia Carvalho, Valdmiro Quitamba e Gabriela Silva]

Antes do evento, os alunos fizeram entrevistas aos quatro oradores de forma a dar aos leitores uma pequena previsão daquilo que a V edição do Jornalismo Frankenstein será. 

A Professora Doutora Carla Cerqueira responde a algumas questões sobre a igualdade de género no campo jornalístico. Tomás Magalhães conta-nos a sua experiência como fundador do projeto Kolkata Relief e das pessoas que seguem o projeto nas redes sociais, mais especificamente, dos comentários. Ricardo Marques, webmaster da plataforma #infomedia descreve a sua experiência profissional e dá a sua opinião sobre o ciberjornalismo como um espaço seguro. Por fim, Marta Pereira Gonçalves fala da sua reportagem sobre os refugiados “O lugar onde nem eu nem tu queremos viver” e as reações que surgiram. Para além disso mostra-nos um pouco como é ser jornalista na Web.

Reportagem: Ciberjornalismo Académico

[Andreia Araújo]

A chegada dos primeiros computadores às redações representa o início de uma nova etapa no jornalismo: o ciberjornalismo. O “Comércio do Porto” e o “Diário de Coimbra”, em meados da década de 80 do último século, são dois dos primeiros casos registados desta evolução do jornalismo em Portugal.
O ciberjornalismo académico surge dentro deste contexto. As inovações que se deram com o surgimento do ciberjornalismo propriamente dito levaram a um novo panorama na formação dos novos e futuros jornalistas. Este foi o princípio de um novo capítulo na comunicação social e o mote da criação desta reportagem.
Com a questão de partida “Qual a verdadeira importância e a relevância do ciberjornalismo académico para a formação os futuros jornalistas?”, tentámos explorar o quão relevante é este tema para os estudantes de Jornalismo e mesmo para quem estuda este assunto.
Contámos com as intervenções de Pedro Oliveira (diretor do ComUM), Inês Loureiro Pinto (uma das diretoras do Jornal Universitário do Porto), Pedro Jerónimo (investigador da Universidade da Beira Interior) e Hélder Bastos (professor de Jornalismo na Universidade do Porto e integrante do Conselho Editorial do JornalismoPortoNet).
Falámos também com estudantes para saber as suas opiniões relativamente ao uso destas plataformas e do quanto foram (e são) úteis na sua formação. Clara Oliveira (colaboradora do ComUM) e Ana Catarina Ventura (presidente do Núcleo de Comunicação e Jornalismo da Associação Académica do Instituto Politécnico de Portalegre).
E seria impossível falar de ciberjornalismo académico e não mencionar o #infomedia. Fomos saber um pouco mais sobre esta plataforma e contámos com os exemplos de Diana Ferreira (coordenadora, editora e colaboradora da editoria de Literatura) e Gabriela Silva (coordenadora e colaboradora da editoria de Saúde).

Reportagem na íntegra aqui.