Neste episódio especial do podcast Jornalismo Frankenstein, celebramos as 10 edições da conferência que, anualmente, se propõe a refletir sobre “os lugares das margens do jornalismo”, no âmbito da unidade curricular de Transmedia e Narrativas Híbridas, lecionada pela jornalista, realizadora e investigadora Vanessa Ribeiro-Rodrigues.

Conduzido pelos estudantes da Universidade Lusófona do Porto, João Bettencourt e Jeancarlo Garcia ouvimos uma conversa esclarecedora com a jornalista e professora Vanessa Ribeiro-Rodrigues, fundadora do projeto. Partindo de uma reflexão sobre o estado atual do jornalismo — entre a urgência da informação e a crise de credibilidade — o episódio analisa o papel transformador do jornalismo académico.

De acordo com a docente, a qual tem apostado numa abordagem metodológica que coloca em diálogo a teoria com a prática, o futuro do Jornalismo Frankenstein é este: “criar um bootcamp com profissionais dos média e estudantes”; “tirar o Frankenstein do território da Universidade Lusófona” e levá-lo para as redações, ao mesmo tempo que se apostará em “analisá-lo, cientificamente, como um estudo de caso”.

Ao longo da entrevista, discutem-se temas como a origem do projeto, o seu percurso ao longo de uma década e a forma como tem acompanhado as mudanças tecnológicas e os novos hábitos de consumo mediático. A professora sublinha o valor do jornalismo universitário enquanto espaço de experimentação, onde se podem testar linguagens, formatos e ideias que ainda não cabem nas redações tradicionais.

Há também uma reflexão sobre o perfil do jornalista do futuro, os desafios da formação em jornalismo e a importância de cultivar pensamento crítico num cenário cada vez mais moldado por algoritmos, excesso de ruído e desinformação. Olhando para os próximos dez anos, o episódio propõe o Frankenstein não como um “monstro” mediático, mas como um organismo vivo — um espaço de liberdade criativa, resistência informativa e reinvenção constante.

O episódio está disponível no Youtube